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Acre teve 230 mil hectares de áreas queimadas em três meses

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O valor representa cerca de 9,5% das áreas desmatadas até o ano de 2020, de acordo com os dados do 5º Relatório de Alertas do Projeto Acre Queimadas, da Universidade Acre (Ufac), emitido nesta segunda-feira (18).


Desenvolvido pelos pesquisadores Sonaira Silva, Ismael Silva, Eric Nascimento e Antonio Willian Melo, do Campus Floresta, em Cruzeiro do Sul, o projeto Acre Queimadas visa o monitoramento de incêndios florestais e queimadas em todo o estado.

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O mapeamento das cicatrizes de queimadas em áreas desmatadas e agrícolas baseou-se na classificação supervisionada de imagens do satélite Landsat 8 OLI e Sentinel 2. Os produtos são baseados nas análises de imagens de julho, agosto, setembro e outubro.


No relatório anterior, divulgado no começo de outubro, mas válido para o período entre julho e setembro do ano corrente, o Acre tinha 200 mil hectares de áreas queimadas, o que indica que o aumento até 14 de outubro foi de cerca de 30 mil hectares.


As informações são compartilhadas com diferentes atores sociais, tomadores de decisão, gestores, acadêmicos e sociedade em geral, como forma de sensibilização sobre problemas, desafios e avanços científicos dos incêndios florestais e queimadas.


A seguir, os principais dados destacados pelo atual relatório:

– Foram identificados 230 mil hectares de queimadas, representando cerca de 9,5% da áreas desmatadas até 2020;


– O município de Feijó lidera em queimadas com 36.560 mil hectares (16% do total mapeado);


– Projetos de Assentamento concentram 36% do total mapeado, seguido pelas Terras da União, que concentram 34% do total mapeamento;


– 46% da área mapeada são de polígonos maiores de 20 hectares;


– A Resex Chico Mendes ocupa 66% das queimadas ocorridas nas Unidades de Conservação;


– 23 Projetos de assentamento do INCRA tiveram mais de 1000 hectares de queimadas;


– 21 dos 22 municípios do Acre tiveram dias com a qualidade do ar no Acre está fora do limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde;

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O Acre registrou, até 18 de outubro, o total de 8.636 focos de queimadas, o 10º lugar entre todos os estados brasileiros e o 5º lugar entre os estados da região Norte. Setembro deste ano foi o pior mês em queimadas no estado desde o ano de 2010.


O estado, no entanto, não tem focos de queimadas detectados pelo satélite de referência do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) desde o último dia 16, ou seja, há mais de 72 horas. É a segunda vez no mês que ocorre essa sequência.


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