O recuo do presidente em relação aos ataques ao STF, especialmente aos ministros Alexandre de Morais e Luís Roberto Barroso não pode ser visto apenas como alguém instalado no poder dançando conforme a música. Não, não é!
O presidente também não está tentando ganhar tempo para reunir seu séquito e voltar ao campo de batalha. Na verdade, ele perdeu a batalha. Imaginou que o Sete de Setembro seria uma coisa e foi outra completamente diferente do que esperava.
Ao procurar o ex-presidente Michel Temer (MDB) para se aconselhar e assinar um armistício fez a coisa mais sensata que um presidente nessas condições poderia fazer. Suas atitudes estavam empurrando o país para um abismo econômico, uma crise política e o caos social, com a anuência de religiosos, senadores e deputados federais que, na verdade, deveriam lhe orientar do perigo iminente. Foram coniventes com a instabilidade em nome de Deus, pátria e família. Seu gesto é bom senso e não covardia.
Desde que assumiu, o presidente sempre foi uma fábrica de crises. Levou pessoas a acreditarem que poderia dar um golpe militar e criar uma ditadura. Ele, agora, vai ter que lidar com essas pessoas, conduzi-las de volta ao mundo real, ao bom senso.
Porém, o bolsonarismo pode ter se tornado maior do que Bolsonaro. Decepcionada com o gesto do presidente (que agiu certo), o movimento pode migrar para mitos como Roberto Jefferson ou Zé Trovão. Tudo é possível neste mundo distópico!
Quebrou o discurso
Ao retroceder de sua posição radical de enfrentamento às instituições aconselhado por Michel Temer, Bolsonaro quebrou o discurso da Globo e da oposição. Reagrupou o Centrão na Câmara e no Senado. Resta saber o que vem pela frente. Se ele seguir o script.
Tese furada
Nem o próprio presidente acreditava em sua tese completamente furada de que as urnas eletrônicas não são confiáveis. Seu discurso e posição serviam apenas de alimento para os seus seguidores.
Márcio Bittar
O senador Márcio Bittar ligou para dizer que procurou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, senadores aliados e amigos para a construção do entendimento entre o presidente, o STF, Câmara e Senado. “Se não for solucionada a crise, todos perdem”, arrazoou.
Tremenda bucha
Os vereadores vão passar pelo teste de fogo em ter criado uma CPI. Parece fácil, mas não é. Mexe com pessoas, com vidas, com política e negócios. A Assembleia Legislativa fez uma CPI que foi um desastre. Entrou para a história como um fato negativo. Pesou contra os deputados.
Se não existir
Os vereadores vão vasculhar a existência de ilegalidades, garimpar a tal caixa preta do transporte coletivo. Os advogados já se prepararam para ganhar um bom dinheiro. Faz parte!
O bom senso do Gladson
O governador Gladson Cameli (PP) apesar de defender o presidente Jair Bolsonaro nunca embarcou em radicalismos. Há pouco disse que era contra os ataques aos ministros do STF, muito embora concorde que é necessário diminuir a interferência da corte na política.
O Crica dizia
O colega Luís Carlos, do Blog do Crica, sempre diz que se ganha uma eleição com redes sociais, mas não se governa com elas. O caso de Bolsonaro deve servir de exemplo para governadores e prefeitos.
Manter a coerência
Os críticos do prefeito Tião Bocalom precisam manter a coerência. Bem ao seu estilo, ao seu jeito de ser procura melhorar o relacionamento com a Câmara para a construção de uma base política. Portanto, negociar com partidos aliados e vereadores é o correto a se fazer.
. Desafetos do presidente Bolsonaro estavam revoltados com sua decisão de baixar o facho para cima do STF.
. Deveriam estar alegres, não era o que queriam?!
. Ou não?!
. Não, é claro!
. Tudo o que aconteceu e está acontecendo são dores de parto do nascimento de uma democracia saudável, forte e pujante.
. Não há o que temer!
. Para alguns pastores a atitude do presidente em arrefecer os ânimos, foi resposta de Deus às orações.
. Parece que sim!
. Agora é cuidar para acabar com a fome, controlar a inflação, gerar emprego, renda, vacinar o restante do povo porque a vida segue.
. C’est la vie!
. Bom dia, general Mourão!
. BOM DIAAA!