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O dilema do brasileiro, entre o cão e o capiroto

A SE CONFIRMAREM todas as pesquisas até aqui, caminhamos para ter no segundo turno da disputa presidencial, o Lula e o Bolsonaro, radicais de extrema esquerda e de extrema direita. De um lado Lula, cujos governos protagonizaram os maiores escândalos financeiros já vistos neste país. 


Liberado pelo STF para disputar a eleição, esperava-se que o Lula voltasse para a cena política como a antítese do bolsonarismo, exalando democracia, mas voltou numa simbiose de raiva com o autoritarismo. Sua última declaração foi digna de um títere de uma republiqueta de bananas; ao dizer que, se ganhar vai implantar a “regulação” na imprensa e nas redes sociais. “Regulação” é um eufemismo dos que são a favor de uma imprensa amordaçada e sob o tacão da censura do estado; e a internet também censurada. 


Dois exemplos onde existe a “regulação” da imprensa: Venezuela e Cuba. “Regulação” não existe mais e menos democrática, no âmago é censura do estado sobre os meios de comunicação. O argumento tosco é que a imprensa lhe persegue. 


Do outro lado, podemos ter o completamente desequilibrado presidente Jair Bolsonaro, a mil léguas de distância de ser um estadista. Poderia citar dezenas de declarações antigas condenáveis, como a que, quem tomasse vacina ia virar jacaré, e que a ineficaz Cloroquina deveria substituir a vacina contra o Covid-19, que ceifou milhares de vidas e foi taxada de “gripezinha”. Vive na Idade Média!  Mas, vamos pegar as duas mais recentes declarações: que, ao invés de comprar feijão, o brasileiro devia comprar fuzil. Meu Deus! A maioria dos brasileiros mal tem o que comer. 


A outra foi mais uma defesa aberta do golpe militar, ao dizer que, só vê três horizontes para as eleições de 2022: estar morto, estar preso ou a vitória. Traduzindo, se for derrotado não entrega o poder ao adversário. Democracia é palavra que não tem no seu dicionário. Defende o fechamento do STF, a intervenção militar, repele as minorias, e acirra os seus aliados para usarem a violência. 


Triste do país que tenha como únicas opções para votar em 2022 para a Presidência da República, o Cão ou o Capiroto. Que o voto contrário substitua a água benta para exorcizá-los nas urnas.


SALVO PELA PANDEMIA


O BOCALOM vive uma pauta negativa atrás da outra nestes primeiros oito meses de gestão. Mas, tem tempo para se recuperar. O governador Gladson esteve perdido no início da gestão, com baixa popularidade, e foi salvo pela boa atuação na pandemia. Tudo depende do gestor.


ALGOZ


O DEPUTADO Jonas Lima (PT) transformou-se no maior algoz na ALEAC do governador Gladson Cameli, batendo duro no fato do seu governo não fazer licitações, para assim beneficiar empresas de Manaus, em prejuízo do empresariado local. Até aqui o governo se calou. Se não rebater com dados, é porque quem cala consente.


ESTÃO DE BRINCADEIRA


QUER dizer que, o Acre é o país que mais diminuiu a miséria na pandemia? Brincadeira sem graça! Acaba de ser divulgado que temos a cesta básica mais cara do país. Converso com muitos políticos e é comum citarem que, boa parte do acreano da periferia vive em situação de extrema miséria. Ou seja, passa fome. Baixem a bola.


FALANDO DE IMPEACHMENT


O IMPEACHMENT é a medida mais extrema do parlamento. A advogada Joana Darc está no seu papel de apontar situações que, na sua visão, podem levar ao impeachment do prefeito Tião Bocalom. Cabe agora aos vereadores votarem a admissibilidade para o caso andar no plenário. Isso deve ser feito com responsabilidade. Sem paixões partidárias. Não se conhece um ato de corrupção do Bocalom. Foi eleito pelo voto popular. Tudo isso deve ser medido e pesado antes da votação. Até porque, se for sacado do cargo sem base legal, volta rapidinho pela justiça. Com a palavra, os vereadores.


NÃO TEM NINGUÉM QUE CONVERSE COM O BOCALOM?


É a pergunta que se faz. Não conheço um prefeito da capital que nos primeiros oito meses de gestão jogou fora todo o seu capital das urnas. Alguém precisa conversar com o prefeito Bocalom, e lhe convencer a mudar o seu comportamento centralizador. Ou vai ter mais problemas na medida que a sua administração avançar. Está no começo, ainda é tempo de recuperar a popularidade.


A DISCUSSÃO É POLÍTICA


O PREFEITO Bocalom é honesto, não tenho dúvida que não vai roubar e nem deixar roubar; é bem intencionado, mas estes atributos têm que estar somados a uma gestão moderna, com divulgação dos atos, sem o que não vai conseguir passar uma imagem de um gestor eficiente.


OLHANDO PARA ALEAC


OS DIRETORES da secretaria de articulação política do governo, Jairo Carvalho, Nelson Sales e Élson Santiago, estão entre os integrantes do primeiro escalão do governo que disputarão mandatos de deputado estadual.


O PODER TEM ATALHOS INSONDÁVEIS


FOSSE o presidente do PSL, Pedro Valério, não teria tanta certeza de que o seu partido tem a garantia que indicará o vice na chapa do governador Gladson Cameli. O poder e a política têm caminhos insondáveis, nem sempre planos.


MÚSICA NO FANTÁSTICO


O presidente da Fundação Cultural, o Correinha, tem no seu gabinete não uma, mas três fotos do governador Gladson, num culto à personalidade. Correinha já pode pedir música no Fantástico. Pôs três fotos…


PINTA DE QUE NÃO VAI RECUAR


COM SUAS ANDANÇAS, arrumação dos setores do PP, com seus contatos políticos, a senadora Mailza Gomes (PP) tem dado todas as pintas de que não vai recuar na decisão de disputar a continuidade do mandato em 2022.


NÃO DÁ SEGURANÇA


ESTE projeto do IGESAC enviado pelo governo e a ser votado na ALEAC, não vai dar segurança jurídica aos servidores do Pró-Saúde. Deputados lúcidos com os quais tenho conversado têm o entendimento de que, sendo aprovado pode ser derrubado na justiça pelo MP.


PAUTAS VAZIAS


LEIO entre as pautas defendidas pelos organizadores da manifestação do 7 de Setembro a favor de Bolsonaro no estado, a defesa do voto impresso e do impeachment de ministros do STF. Alguém precisa lhes contar que o voto impresso já foi derrubado no parlamento; e a presidência do Senado rejeitou o pedido de impeachment. São pautas vazias.


NÃO SAIRÁ SÓ


O senador Márcio Bittar (MDB) não deixará o partido só, com ele vão o deputado Roberto Duarte (MDB), e outros políticos da sigla. E, ninguém pode lhe atirar a primeira pedra, ele sempre foi tratado com desdém no MDB.


POLTRONA TÊM OUVIDOS


NUMA CONVERSA animada na última quarta-feira entre três deputados da base do governo, um deles passou boa parte defendendo a Socorro Neri como nome ideal para vice na chapa do governador Gladson Cameli. Poltrona tem ouvidos. O argumento foi ser leal ao governador.


MUITO MELHOR


NUMA COMPARAÇÃO com as composições anteriores da Câmara Municipal de Rio Branco, a atual é bem superior em ações legislativas, principalmente, no quesito independência, antes a Câmara era um puxadinho do PMRB. Isso é bom para a população e para a democracia.


NÃO FORJOU


QUANDO se olha para o PT, dá para se notar que, nos 20 anos que esteve no poder no estado, não forjou quadro novos para oxigenar o partido. As caras majoritárias, na maioria, são ainda do tempo das vacas magras do PT.


ANCORADA NA EXPERIÊNCIA


QUEM é anunciada como candidata a deputada estadual pelo PSD, é a vice-prefeita de Mâncio Lima, Ângela Heloman. Simpática, política, ela viria ancorada na liderança do marido e ex-prefeito Luiz Helosman. O problema é saber se será para valer, sempre anuncia e recua.


FRASE MARCANTE


“O governo é como cobra venenosa: continua provocando medo até quando morta”. (Ex-senador Ney Suassuna).


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