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Bate-Boca na Aleac termina com Bittar acusado de ser “bandido”

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O clima esquentou durante a explicação pessoal na sessão da Assembleia Legislativa desta terça-feira, 17. Tudo caminhava para o encerramento dos trabalhos quando ao subir na tribuna da casa, o deputado Roberto Duarte (MDB), resolveu cobrar posicionamentos de deputados e do governo que anunciam obras e construções, mas não citam o senador Márcio Bittar (MDB), como o alocador da emenda.


“Quero destacar o trabalho do senador Márcio Bittar (MDB) à frente do senado da república. Nós precisamos reconhecer o tanto de recursos que o governo do Estado está recebendo através do senador Márcio Bittar. Eu vejo alguns parlamentares da base de sustentação do governador Gladson Cameli subir a essa tribuna e destacar obras, construções que estão sendo feitas, que estão sendo investidos no Estado, mas eu nunca vejo citar o nome do senador Márcio Bittar, que é a origem da onde vem o dinheiro. Se fala lá na Variante, em Xapuri, a emenda é do senador Márcio Bittar, se fala na Ponte lá em Porto Acre, que é emenda do senador Márcio Bittar”, disse o emedebista.

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Duarte afirmou que pediu a assessoria do senador Márcio Bittar que mande a relação de todas as suas emendas que vieram para o Estado do Acre, para que seja um destaque na Assembleia Legislativa. “Para reconhecer o trabalho que ele vem fazendo. Hoje o deputado Jonas Lima fez um destaque aqui para construção da Prefeitura de Mâncio Lima que tem emenda do senador de R$ 2 milhões, o dinheiro já está na conta, mas eu não vi um destaque para o nosso senador. Claro que são recursos que são oriundos de emendas dele, mas também são oriundos de emendas que vem extra orçamento, que vem a mais dos R$ 40 milhões que ele tem para o Estado do Acre”, disse o deputado.


O líder do governo, deputado Pedro Longo (PV), pediu um aparte ao emedebista e afirmou que sempre que fala das obras, menciona os responsáveis pelo recurso. “Quero só fazer um adendo que sempre que falo das obras, menciono os responsáveis e inclusive citei o senador na obra da Variante, de Xapuri. É uma obra de profunda importância e significado e tenho feito o registro, como faço também do deputado Alan Rick, da deputada Perpétua quando for o caso. Acho que é justo que a gente sempre faça menção de que todos são recursos públicos, mas é justo citar aquele que se preocupou, seja mencionado. De minha parte tenho feito e continuarei a fazer, independente das diferenças que eu possa ter com algum ou outro”, disse o líder.


O posicionamento de Longo foi seguido pelo deputado Chico Viga (Podemos) e também o deputado Gerlen Diniz (PP), que aproveitou para alfinetar os opositores que acusam o senador Márcio Bittar de enviar recursos para outros Estados.


Ao voltar com a palavra, Duarte elogiou a postura dos deputados da base e afirmou que Bittar é o senador é que mais alocou emendas na história para o Acre, o que foi contestado pelo deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB). “Ainda hoje na história do Acre não apareceu um senador que alocou mais recursos que Tião Viana. Não foi nem a Marina, nem o Jorge, nem o Sibá que assumiu um tempo, nem o Anibal que assumiu outro tempo, nenhum deles, nem Flaviano, nem ninguém. Essas coisas são da história. É a mesma coisa que vossa excelência perder o mandato e não vai perder. E se perder, espero que seja para subir para ser deputado federal, e a sua produção legislativa não ser reconhecida aqui ou on futuro pelo trabalho que vossa excelência fez. Então, o Márcio Bitar tem que comer muito feijão com arroz para chegar próximo do que fez Tião Viana do ponto de vista de investimento na infraestrutura do Estado do Acre”, disse Magalhães.


Duarte ainda chegou a questionar Magalhães que proporcionalmente Bittar é o maior alocador de emendas da história do Acre já que tem apenas pouco mais de 2 anos a frente do mandato de senador, diferente de Viana que foi senador por duas vezes.


Ao ver a discussão, o deputado Daniel Zen (PT) usou a tribuna em seu tempo e resolveu chamar Duarte de puxa-saco e o senador Márcio Bittar de bandido. “Eu não ia nem subir à tribuna, mas diante de tanto despautério, propaganda enganosa, a gente tem que fazer a reposição da verdade. Senador Márcio Bittar pode até ser o campeão de alocação de emenda. Não é porque ele é relator do orçamento não, é que o presidente Jair Bolsonaro criou o orçamento paralelo. O Orçamento paralelo é a institucionalização da compra de voto de deputados e senadores que apoiam o governo federal. Uma coisa é você ter seus R$ 15 milhões que é de lei da cada deputado, outra coisa é você ter R$ 30 milhões, R$ 40 milhões, R$ 50 milhões a mais. Ai é fácil. Ai até eu. Ele tem mais porque ele é o piloto da bandidagem chamado orçamento paralelo, emenda orçamentária. Coisa de bandido, de pilantra e de canalha. Bandido, pilantra e canalha que utiliza o recurso público para comprar o apoio de deputados e senadores. Não vou dar aparte. O senador que vossa excelência apoia vai ser preso porque é um bandido e o esquema do orçamento paralelo vai cair no colo do senador que vossa excelência puxa o saco. Seu eu fosse vossa excelência eu me afastaria enquanto é tempo para não se preso junto”, disse o petista, finalizando que não daria aparte para Duarte responder. Enquanto Zen falava, Duarte retrucou: “você está falando do Lula”.


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