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Irmã de jovem morta pelo marido diz que morte foi premeditada: “Foi frio e calculista”

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Juliana Paulichen, 23 anos, irmã da jovem Adriana Paulichen, 27 anos, morta estrangulada e com golpes de faca pelo administrador, Hitalo Marinho Gouveia, 34 anos, preso em flagrante após o crime, contestou o depoimento do ex-cunhado e afirmou que a morte da irmã foi premeditada. Segundo ela, Adriana não tentou matar o próprio filho como relatado pelo administrador na delegacia.


Juliana revelou ao ac24horas ter sido a última pessoa que esteve com o casal antes do crime ocorrido, na última sexta-feira, 9, na rua Senador Kairala, no bairro Estação Experimental, em Rio Branco.

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Bastante abalada, ela disse que antes da fatalidade, o administrador tentou ficar a sós com a vítima por vários momentos, tendo inclusive, trancado Adriana minutos antes de consumar o crime.


“Eu fui a última pessoa que vi ela com vida. Ela ligou na noite antes de morrer e disse, Pitu ele me traiu. Era por volta de 1h da madrugada, eu me dirigi à casa dela e quando cheguei ela estava desesperada. Ele ainda não estava, tinha ido na UPA por conta do golpe que ela desferiu nele, devido a discussão. Depois ele [Hitalo] ligou para ela e pediu para ir buscar ele, ela se acalmou um pouco e foi até lá pegar ele na unidade de saúde ainda pela madrugada. Quando eles chegaram em casa, ela perguntou porque ele tinha feito aquilo [traição]. Ele confessou que traiu ela realmente com uma das melhores amigas, que foi essa menina [Andressa Rocha]. Foi tudo premeditado, tanto que ele sempre queria que eu fosse embora, ele dizia que queria ficar com a família, jamais imaginei que ele queria que eu fosse embora para matar minha irmã, se soubesse que iria fazer isso, jamais teria saído de perto dela”, declarou.


A irmã explicou o argumento dado por Hitalo ao delegado em relação ao golpe desferido por Adriana na discussão, para ela, a familiar agiu em legítima defesa.


“Ela levou dois murros nas costas, após descobrir a traição, provavelmente foi por isso que ela reagiu. Ele ainda ligou na nossa frente para a menina e falou no viva voz e disse para ela [Andressa] que não adiantava negar, ela sabe de tudo”, ressaltou.


A jovem disse que o casal discutiu bastante devido a traição, descoberta na noite antecedente ao crime. Adriana pediu o divórcio de Hitalo, porém, ele retrucava e dizia que amava a vítima e o filho, de seis meses. A irmã, porém, acredita que a morte poderia ter sido evitada caso Adriana tivesse tido a oportunidade de sair da residência.


“Quando eles estavam brigando na casa, ela chegou a pedir para ir embora e ir lá pra minha casa quando descobriu a traição, ele não deixou e ainda trancou ela dentro de casa na chave e não deixou ela sair de casa. Provavelmente já estava tudo planejado na mente dele. Só estava esperando eu ir embora para matar ela. Ele foi frio e calculista. Inclusive, ele tava de short de casa e pediu uma bermuda jeans antes de matar minha irmã, ou seja, ele sabia o que ia fazer”, disse.


“Eles passaram a noite e a manhã brigando muito. De manhã, minha irmã, mais calma, eu e um amigo dele pedimos para ele dar uma volta para esfriar a cabeça, mas, ele dizia que queria ficar com a família dele. A todo momento ele pedia para eu ir embora. Ele estava desesperado para eu sair, eu achava que era para eles se entenderem. Só que daí quando eu saí que eu ia viajar, ele trancou a porta com muita rapidez, foi só chegar em casa, tomar banho e trocar de roupa, que minha outra irmã chegou e disse, Júlia ele matou ela”, desabafou.


A irmã alegou que Hitalo mantinha relação extraconjugal com Andressa desde a gravidez da vítima. “Ele vivia humilhando a minha irmã quando ela estava esperando a criança. Ela grávida se humilhava para ele não mandar ela embora, ele expulsava ela com frequência. O Hitalo humilhou ela durante a gravidez de todas as formas”, lembrou.


Paulichen contou ainda que durante a gestação da irmã por pouco ela não chegou a perder o bebê devido às discussões. “Ela foi parar na UPA sozinha e ele não teve coragem de levar ela grávida. Ele fez ela sofrer muito na gravidez”, ressaltou.

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Por fim, a família da vítima pede justiça pela morte prematura de Adriana. Em relação à guarda da criança, a situação ainda não foi definida. “Não sabemos se ficará com a família dele ou a nossa”, afirmou.


Depoimento

Na Delegacia de Flagrantes, Hitalo contou sem nenhum ressentimento que manteve um relacionamento com Adriana durante 2 anos e 11 meses. Segundo ele, o relacionamento começou a ficar violento a partir de novembro de 2020 quando Adriana descobriu que havia sido traída pelo esposo.


Na madrugada do dia do crime, a situação teria se agravado quando Hitalo teria contado, durante uma discussão no apartamento em que moravam, que a traição teria sido com a melhor amiga de Adriana, Andressa, que seria casada com um amigo do casal. Os dois casais eram próximos e viviam compartilhando fotos juntos nas redes sociais.


O crime ocorreu na frente do filho do casal de apenas seis meses de vida, em Rio Branco. O corpo da vítima foi sepultado no sábado, 10.


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