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No Acre, indígenas aderem movimento nacional contra PL que autoriza exploração da floresta

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Povos indígenas do estado do Acre se juntam nesta terça-feira, 22, ao movimento nacional que manifesta contra o Projeto de Lei 490, que permite a exploração das riquezas naturais da floresta. Rio Branco, Tarauacá, Feijó, são cidades acreanas que terão atos mediante ao caso. Na capital acreana, a manifestação ocorreu em frente ao Palácio Rio Branco.


“Nós estamos em forma de repúdio contra o PL 490, para dizer que os indígenas do Acre são contra esse projeto. Repudiamos porque ele vem ferir diretamente os nossos direitos já garantidos sobre o usufruto exclusivo da terra”, disse a coordenadora da Organização de Mulheres Indígenas do Acre, Nedina Yawanawá. Para ela, a exploração de minérios, riquezas e tudo que inclui o PL, une todas as propostas colocadas em anos anteriores e que também foram rejeitadas.

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“Esse PL junta 19 PEC’s e fere o direito da terra, que nos é garantido na constituição desde 1988. Inclusive faz a marcação temporal, dizendo que as terras vendidas devem ser consideradas a partir dessa data. Nós sabemos que não é assim. A terra indígena é milenar aos povos indígenas”, salienta Nedina.


Apesar de a própria presidência da República ventilar que os indígenas têm desejo de poder explorar suas terras com mais legalidade, o movimento afirma que não na maioria. “Nós sabemos que existem a diversidade de pensamentos e atitudes. A nossa origem nunca vai deixar de ser a defesa da terra, da floresta, que é de onde vem nosso sustento. Nossa ligação é muito forte com a natureza. Quando se tem um pensamento de exploração, sem ser de forma sustentável, de forma manejada por nossos parentes, não vemos isso com bons olhos”, garante a coordenadora.



Ela também não descarta que haja correntes que influenciam também os indígenas nesse pensamento de exploração. No interior, o manifesto deve se concentrar na BR-364. “Isso é para fortalecer o manifesto que está acontecendo em todo o Brasil. Dizer que somos contra e chamar atenção do estado, pedir esse socorro para que nossas terras continuem garantidas e que nossa resistência continua”. O apoio de parlamentares federais têm adiado a votação do PL. No Acre, os deputados também foram procurados para apoiar o movimento. “Esperamos que eles estejam conosco”.


Veja o vídeo:

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