O governador Gladson Cameli deve se reunir na tarde desta quarta-feira, 16, com o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Acre (Faeac), Assuero Veronez, e o pecuarista Jorge Moura, que teve sua propriedade alvo de uma operação de fiscalização do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Instituto Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) com o apoio do exército brasileiro. O fazendeiro teria reclamando da truculência da operação em trazer homens armados.
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Ao ac24horas, Cameli afirmou que soube do assunto apenas pela imprensa já que estava participando das agenda oficiais do aniversário de 59 anos do Estado do Acre, comemorado nesta terça-feira, 15. “Eu sei o que vocês sabem. O Assuero me solicitou uma reunião que deve ocorrer na parte da tarde onde trataremos da operação. De antemão, eu não sou a favor de truculência e excessos. Vamos analisar os casos e vermos em como podemos auxiliar”, explicou o governador.
O presidente do Idaf, Francisco Thum, disse que o trabalho da operação Vigia é coordenado pelo Mapa, com acompanhamento do órgão de defesa estadual, e voltado para o combate ao contrabando de produtos veterinários e o comércio de animais, mas também relacionado a ilícitos como roubo de gado na região da fronteira acreana.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Acre (FAEAC), Assuero Veronez, lamentou os episódios envolvendo a operação e afirmou que a entidade vai fazer denúncia ao Ministério da Agricultura e ao governo do Acre a respeito dos incidentes. Para ele, não há nenhuma contestação à fiscalização, mas à maneira como os órgãos fizeram o procedimento. “O que nos assusta é essa truculência toda, essa demonstração de força, com um caminhão de soldados do Exército muito bem armados, claramente com o objetivo de intimidar e de constranger, numa atitude desnecessária porque não estava havendo nenhuma posição do proprietário de impedir qualquer ação do Poder Público, que tem legitimidade para tal”, disse Veronez.
Em nota, o Ministério da Agricultura informou que as fiscalizações no estado estão ocorrendo de maneira simultânea, com apoio do IDAF, da Polícia Civil e do Exército Brasileiro, e que se trata de uma ação rotineira com o objetivo de coibir o comércio de animais silvestres e uso de defensivos agrícolas e produtos veterinários irregulares contrabandeados dos países vizinhos. Quanto à presença do Exército nos trabalhos de fiscalização, o Ministério da Agricultura diz que a medida é necessária por se tratar de região de fronteira, onde há a possibilidade de conflitos e a presença do tráfico de drogas e armas, esclarecendo que não há o objetivo intimidar produtores rurais, sendo isso explicado aos proprietários na chegada da fiscalização.
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