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Trisal: “maioria das pessoas está na igreja por medo do inferno”

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No decorrer da entrevista, Darlene reclama: “estou achando uma babaquice”

O trisal acreano que é um fenômeno nas redes sociais foi entrevistado pelo canal Cipódcast na noite desta quarta-feira, 9. Os sargentos da Polícia Militar Alda Radine e Nery, e a administradora Darlene Oliveira falaram sobre a fama, o preconceito, Deus e como as pessoas têm reagido ao primeiro trisal assumido publicamente no Acre.


Desde que criaram uma página no Instagram, o sucesso foi imediato. Atualmente, o trisal tem mais de 20 mil seguidores. A linha principal de comentários negativos nas redes sociais é ligada a questão de dogmas religiosos. Alda e Nery foram criados na igreja evangélica, onde, inclusive, se conheceram. Darlene também nasceu em um lar evangélico, o irmão é pastor e as irmãs e a mãe são evangélicas. “Eu sei do relacionamento que eu tenho com Deus. Eu converso com ele todos os dias, meus filhos têm relacionamento com Deus”, diz Alda.


Darlene fala sobre as críticas. “Os que se julgam salvos por estarem embaixo de uma cobertura que está escrito na porta igreja, se acham no direito de julgarem, e esse não é o papel. Só que tem gente que está dentro da igreja, que peca muito mais do que quem está fora”, diz Darlene.

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Nery destacou: “tem uma frase que aprendi na igreja e que nunca esqueci. Se eu for servir a Deus por medo do inferno, que Deus me lance lá. Isso impactou a minha vida e a maioria das pessoas está na igreja por medo do inferno”.


Preconceito

Os três falam ainda do preconceito que enfrentam após criarem um perfil na rede social e anunciarem que formavam um trisal. “O que as pessoas mais falam é que não pode ter amor entre três pessoas. Falam que perdi a esposa para outra mulher e vamos disfarçar que somos três agora. Fantasiam que não pode ser verdade, que não tem sentimento. As pessoas não conseguem entender que aqui não tem traição, não tem divisão, a gente soma”, diz Nery.


Apesar de confirmarem que estão felizes, os três afirmam que as críticas de quem não os conhece acabam machucando-os. “As pessoas têm a mania hoje do achismo. Elas acham alguma coisa da tua vida e querem que aquilo ali seja verdade. Tem muitas coisas que as pessoas falam e acham que não machuca, mas machuca sim, diz Darlene.


Alda diz que houve uma preocupação antes dos três assumirem a relação. “A gente ficou preocupado com a família, com o trabalho, como as pessoas iam reagir, então por isso fizemos esse perfil. O que mais ofende são os xingamentos. “As pessoas acham que por que expulsemos nossa relação, as pessoas têm o direito de chegar lá e descarregar suas amarguras”.


Curiosidades

O trisal comenta que o que mais desperta a curiosidade dos seguidores é como os três se relacionam sexualmente. Outra curiosidade é saber como tudo aconteceu entre os três. Alda e Nery já são casados há mais de 20 anos. Entre risadas, Alda contou que foi quem se interessou primeiro por Darlene, o que foi confirmado pelo marido. “Eu sempre percebi que ela tinha essa tendência. O que falei foi que somos os melhores amigos e que se um dia ela se interessasse por alguém que viesse falar comigo. Um dia ela chegou pra mim e me mostrou o instagram da Darlene. Se eu fosse ficar com alguma mulher, a única que eu gostaria de ter alguém era essa aqui. Ela estava em um relacionamento, mas começamos a seguir e curtíamos todas as fotos”, conta Nery.


Os três contam que morar juntos não era um plano inicial. “Quando ela terminou o relacionamento dela, começamos a conversar e passamos a sair juntos os três. Morar juntos não era um plano inicial. As coisas foram acontecendo”, conta. Tanto Alda quanto Darlene se mostram mulheres de muita personalidade. Em um determinado momento da entrevista, ao serem questionadas sobre a possibilidade de outra pessoa na relação, Darlene respondeu. “Estou calada porque estou achando uma babaquice o que você tá falando”, respondeu Darlene.


Alda e Nery são pais de dois filhos, um de 13 e outro de 18 anos. Os comentários nas redes sociais de como é aceitação dos filhos também foi tema da conversa. “Eu acho que o pessoal pensa que a gente vive se comendo dentro de casa, na beira da pia, em cima do sofá, em cima do fogão. Minha casa é um ambiente de respeito e não deixou de ser porque chegou uma terceira pessoa”, explica Alda.


Assista a entrevista:

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