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Sinhasique: nome de Chico Mendes “vende” e Xapuri precisa aproveitar

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Foto: Reprodução


“Xapuri precisa aprender a aproveitar o potencial que o nome do Chico Mendes possui. Quer as pessoas do município queiram ou não o nome de Chico Mendes vende e esse potencial precisa ser aproveitado. Não podemos esperar tudo do governo, precisamos andar com as próprias pernas”.

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As afirmações acima foram feitas pela secretária de Empreendedorismo e Turismo do Acre, Eliane Sinhasique, durante participação no programa Manhã Educadora, veiculado pelas rádios Educadora AM e Aldeia FM de Xapuri, nesta terça-feira (1), quando ela falou sobre ações do governo na área.


De acordo com Sinhasique, o papel do governo se restringe a preparar a infraestrutura para que as pessoas possam fazer os investimentos e alcançar o resultado desejado, colaborando com o estado na geração de emprego e renda na área do turismo. Para ela, o potencial turístico do Acre é uma realidade.


No caso de Xapuri, a secretária diz que a população precisa enxergar Chico Mendes como um atrativo, aproveitando o potencial do nome do líder sindical para atrair turistas para a cidade, fomentando vários setores da economia local. Segundo ela, o turismo movimenta 57 setores da economia.


“Precisamos fomentar isso, fortalecer essa identidade cultural para que as pessoas se sintam incentivadas a visitar, pois quando as pessoas entram em uma cidade elas deixam dinheiro no local que passa a circular na economia. Precisamos entender que as histórias e os ídolos que foram criados são um chamariz para o turismo”.


De maneira oposta ao que defende a secretária de Empreendedorismo e Turismo do Acre, o município de Xapuri experimenta, na atualidade, uma situação de total paralisação dos espaços de memória relacionados a Chico Mendes, como a casa em que ele viveu e morreu, e à própria história da cidade.


Único bem tombado no Acre pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a Casa de Chico Mendes está fechada à visitação pública desde 2018. No último contato feito pelo ac24horas com a família do seringueiro, a resposta foi a de que tentativas de parcerias estavam sendo feitas para a reabertura do espaço.


Também seguem fechados há alguns anos o Museu do Xapury (antigo prédio da Prefeitura) e o Museu Casa Branca, tido por muitos como a antiga Intendência Boliviana, mas que na verdade era um hotel construído em 1910 para ser frequentado pelo segmento mais abastado da população daquela época.


A Pousada Ecológica do Seringal Cachoeira, que o governo tenta transferir à iniciativa privada, é outro exemplo de espaço voltado para o turismo que fechou as portas em Xapuri. Sem interessados até o momento, a Secretaria de Empreendedorismo e Turismo se esforça para encontrar um investidor que revitalize o local.


Inicialmente, o edital de licitação publicado no último dia 27 de abril previa o investimento mínimo de R$ 500 mil na recuperação da pousada, mas os possíveis interessados acharam o valor alto, o que fez com o processo fosse suspenso para que alguns termos fossem ajustados.


De acordo com Eliane Sinhasique, o valor de investimento mínimo será reduzido para R$ 200 mil e o tempo de concessão de uso cairá de três para dois anos, como maneira de sensibilizar potenciais investidores. O novo edital deverá ser publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) na próxima semana.


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