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Oposição e governo conflitam sobre greves e de cadastro de reserva

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A greve da educação que foi alvo de uma decisão judicial determinando sua suspensão foi o principal ponto debatido na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira, 26. Oposição e base do governo travaram uma chuva de argumentações e contra-argumentações.


O primeiro a tocar no assunto foi o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), líder da oposição na casa, relatou que manifestações têm ocorrido em todo o Estado e citou o protesto que acontece no pátio da Catedral Nossa Senhora da Glória, em Cruzeiro do Sul, devidamente autorizados pela igreja. Em Rio Branco, os trabalhadores se manifestam em frente ao Tribunal de Justiça chamando a atenção para a pauta de reivindicações.


“Ontem, o senador Márcio Bittar decidiu se meter na pauta dos trabalhadores para considerar os professores, os servidores de apoio e demais integrantes do sistema de ensino na reivindicação de se ter vacina para retomar as aulas presenciais. Onde está o privilégio?”, perguntou?

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Magalhães disse que há falta generalizada do imunizante porque o presidente da República, Jair Bolsonaro, se negou a comprar no tempo certo. “No momento em que tem uma pauta, quando foram apunhalados pelo Governo do Estado, foram enganados e o que houve foi uma ação pedindo ilegalidade da greve”, disse, considerando equívoco da Justiça ao se debater a pauta dos trabalhadores. “A Justiça não tem que se meter na pauta. É um erro”, afirmou.


Já o deputado Gerlen Diniz (PP), da base de apoio ao governo, defende o diálogo do governo com os trabalhadores. “Este é o ano de dialogar para o ano seguinte. O estudo da lei é de fundamental importância”, disse, citando a questão dos reajustes salariais que advirão com a retomada da economia.


“É fundamental que o governo receba essas categorias e implemente melhorias para o próximo ano. Há um compromisso do governo em atender as categorias”, disse Diniz.


O deputado Roberto Duarte (MDB) disse que o governo tem dificuldades atualmente, incluindo a convocação do pessoal no cadastro de reserva de vários concursos. “Vejo a reivindicação dos professores por vacina e tenho PL aqui na Aleac que pode resolver essa questão”, disse. O PL está com o relator, Pedro Longo.


Duarte mantém a defesa do cadastro de reserva da Polícia Civil, cujos integrantes seguem acampados no hall da Aleac. “Os jovens querem somente que o governador cumpra com sua palavra”, disse. Os acampados pedem que se inicie uma turma com eles na Academia de Formação da Polícia Civil do Acre.


Ele reiterou que os custos de formação, em torno dos R$ 7 milhões, podem ser rateados em emendas de todos os parlamentares estaduais e federais do Acre. “Gladson não buscará a reeleição na Justiça não”, disse, referindo-se à ação judicial contra a greve na educação.


O deputado Daniel Zen afirmou que a Secretaria de Educação cortou o auxílio aos estudantes e professores para fazer a travessia da balsa ou catraia até a comunidade da Sibéria, pelo Rio Acre, em Xapuri. Ele pediu informações em abril à SEE, mas até agora não obteve retorno. Ele quer saber sobre vagas nos quadros da Educação para definir o número de pessoas que podem ser convocadas no cadastro de reserva.


O parlamentar do PT fez relatos das necessidades de pagamento de gratificação, o que em alguns casos eleva o salário do servidor a patamares muito altos. “Surgiram marajás na Educação. Além disso, há mais pessoal fora que em sala de aula”, disse.


“O que se gasta em excesso com gratificação, aumento de contratos temporários, e o que não se gasta com merenda, incremento do Fundeb, dá uma conta aproximada de R$20 milhões ao mês que poderiam ser economizados. O governo não tem vontade política de resolver, o governo pede a ilegalidade da greve”, disse.


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