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Em meio às crises sanitária e imigratória, Assis Brasil celebra 45 anos de emancipação

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O município de Assis Brasil chega, nesta sexta-feira, 14 de maio, aos 45 anos de sua emancipação como município, após ser desmembrado de Brasiléia no ano de 1976. A data está sendo celebrada com uma programação de lançamentos de obras e inaugurações, durante a qual recebe a visita do governador do estado, Gladson Cameli.


Junto com o prefeito anfitrião, Jerry Correia (PT), o governante acreano participará da inauguração da Casa de Passagem Otonoel de Souza Martins de Oliveira, que é o novo abrigo construído pela prefeitura para dar suporte aos imigrantes estrangeiros que passam pela cidade entrando ou saindo do Brasil.


Durante a programação do dia festivo, Gladson Cameli e Jerry Correia também assinarão a ordem de serviço para as obras de manutenção corretiva e preventiva da escola Edilsa Maria Batista, que por vários meses serviu como abrigo municipal aos imigrantes, e descerrarão a placa inaugural da nova Estação de Tratamento do Departamento de Águas e Saneamento (Depasa) no município.

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Nas primeiras horas da manhã, a programação do dia festivo foi iniciada com uma alvorada festiva com queima de fogos e rojões, realizada pelo 2º Batalhão Especial de Fronteira do Exército Brasileiro, nas praças Enoch Timóteo, no Marco Rondon, na escola Maria Ferreira e no Estádio Municipal.


“Nossa intenção foi relembrar os velhos e bons tempos em que havia alvorada festiva em nosso município. Essa gestão tem se preocupado em trazer de volta atrações culturais que ao longo do tempo foram sendo esquecidas, como a tradicional queima de fogos”, disse o prefeito de Assis Brasil, Jerry Correia, que assumiu o cargo em janeiro passado.


Os últimos anos da história de Assis Brasil têm sido marcados pelas crises humanitária, em razão da constante concentração de imigrantes estrangeiros que têm ocorrido na cidade, gerando grandes dificuldades à administração local, e sanitária, causada pela pandemia da Covid-19, sendo o município o maior foco proporcional de habitantes contaminados do Acre.


Um pouco da história

Os primeiros habitantes do que um dia se tornaria o município de Assis Brasil foram os Manchineri, um povo Aruaque, que atualmente habita a Terra Indígena Mamoadate, com uma parte localizada dentro dos limites do município e a outra no município vizinho de Sena Madureira.


Os primeiros moradores não-indígenas do município foram os três irmãos Freire, que vieram do estado do Maranhão em 1908. Belarmino Freire, Policarpo Freire e Durval Freire se estabeleceram às margens do rio Acre, próximo ao Marco Rondon.


Assis Brasil obteve autonomia municipal em 1º de março de 1963, mas foi em 14 de maio de 1976, pela Lei Estadual nº 588, que obteve a sua emancipação, desmembrando-se do município de Brasiléia.


O primeiro prefeito nomeado da Vila Assis Brasil, por ser o Acre, na época, um território federal, foi Vicente Bessa, uma vez que a população tinha direito de eleger pelo voto direto apenas os cargos do legislativo. Os cargos executivos (prefeitos e governador) eram nomeados pelo Presidente da República.


O nome do município se deve à homenagem a Joaquim Francisco de Assis Brasil, embaixador que teve papel de destaque, junto com o Barão do Rio Branco e Plácido de Castro, na Questão do Acre, que culminou com a assinatura do Tratado de Petrópolis, entre Brasil e Bolívia, que garantiu a posse das terras do território do acreano ao Brasil e o direito da exploração da borracha na região.


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