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Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come

O GOVERNADOR Gladson Cameli autorizou a sua assessoria política a proceder conversas para definições sobre os aliados políticos, com os quais poderá contar em 2022, como pedras a favor do seu tabuleiro de xadrez. Quer saber, por exemplo, quem da sua base de apoio na ALEAC estará no seu palanque. 


Base que, por sinal, se encontra fragilizada. Cinco deputados dissidentes, que estiveram na sua campanha em 2018, se juntaram à oposição e formaram uma CPI para investigar supostos atos ilegais ocorridos na secretaria de Educação. São eles: Meire Serafim (MDB), Antonia Sales (MDB), Roberto Duarte (MDB), Neném Almeida (sem partido) e Fagner Calegário (PODEMOS). Também quer saber quais políticos da oposição poderão arrebanhar. 


A primeira conversa deve acontecer neste início de semana com a prefeita de Brasiléia, Fernanda Hassem (PT). A assessoria do governador vai cobrar dela uma decisão imediata, se ela vai deixar o PT, como prometeu em conversas anteriores com o Gladson ou continuará nas fileiras petistas. Argumenta um assessor que, por lhe beneficiar, o governador implodiu seu grupo de apoiadores em Brasiléia, ao nomear seus indicados para o governo. “Tem que resolver esta semana, não vamos mais esperar”, confidenciou um assessor palaciano ontem ao BLOG DO CRICA. Uma conversa com o grupo do senador Sérgio Petecão (PSD) está descartada, porque o governador já dá como certo que o senador será o seu adversário na disputa do governo, na eleição do próximo ano. 


O vice-governador Major Rocha é carta fora do baralho, virou um de seus maiores opositores. A operação “se correr o bicho pega, e se ficar o bicho come”, está deflagrada para saber quais grupos o governador Gladson Cameli poderá contar na sua tentativa de reeleição na campanha do próximo ano. A assessoria política do governador vai ter muito trabalho para juntar os cacos que sobraram da última eleição para a PMRB.


ESPAÇO ABERTO


TENTEI ontem contato pelo ZAP com a prefeita Fernanda Hassem (PT) para saber da sua oposição política, mas até o BLOG fechar não respondeu. O espaço fica aberto.


TEMPO E LATIM


O senador Márcio Bittar (MDB) perdeu tempo e seu latim em tentar trazer no Alto Acre para o REPUBLICANOS, lideranças políticas desgarradas do governador Gladson.


CARREGAR TRATOR


EM BRASILÉIA, o MDB vive o seu pior momento. E isso tem afastado que conquiste novas adesões. Um importante político de Brasiléia, sondado pelo senador Márcio Bittar (MDB) a ser candidato a deputado federal pelo MDB, me disse ontem que não vai aceitar a proposta tentadora: “ser candidato pelo MDB em Brasiléia, é carregar nas costas um trator D-8”. E deu uma risada.


FOGO MUY AMIGO


O PEDIDO de demissão do chefe de gabinete do prefeito Bocalom, Artur Liboriano, é debitado nas rodas políticas a um suposto “fogo muy amigo”, abandonado pelo secretário de Meio Ambiente, Normando Sales. Sales nega a ação.


NEM PENSAR


INTEGRANTES do grupo da senadora Mailza Gomes (PP) dizem que, não existe a mínima hipótese dela abdicar da sua reeleição, para abrir vaga na chapa do Gladson ao Senado, para a Márcia Bittar. “Nem pensar”, advertem.


SINUCA DE BICO


O Gladson está mesmo numa sinuca de bico para compor a sua chapa ao Senado. Não pode atropelar a senadora Mailza Gomes (PP), por ser a presidente do seu partido. E, por outro lado, o senador Márcio Bittar não abre mão da candidatura da ex-esposa Márcia Bittar. E agora, seu Zé?


SEM VOZ DE COMANDO


DOS CINCO DEPUTADOS que firmaram dissidência contra o governo do Gladson, pelo menos um é certo que não estará no palanque do governador: deputada Meire Serafim (MDB). Seu marido, o prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim apoiará Petecão ao governo.


MANTERÁ INDEPENDÊNCIA


OUTRO EMEDEBISTA que, dificilmente, será dobrado, será o deputado Roberto Duarte (MDB), que não abandonará a sua posição crítica ao governo Gladson. E, ninguém tem influência sobre ele dentro do MDB.


CONVERSA DURA


O GRUPO mais importante do MDB do Juruá, do ex-prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales, está fora do governo. A mágoa é grande por não ter tido o apoio do governador na última eleição municipal. Terá que ser uma conversa feita pelo próprio Gladson, com argumentos fortes e convincentes, para retomar sua aliança em 2020.


DUPLA IMPREVISÍVEL


SOBRE os demais dissidentes, Neném Almeida (sem partido) e Fagner Calegário (PODEMOS), são imprevisíveis, e são tidos pelos governistas como tarefa mais fácil para voltarem a apoiar o governador Gladson.


NEM O VENTO BATE NAS COSTAS


O NOVO presidente do PODEMOS, Ney Amorim, chegou no partido com todo o apoio do Palácio Rio Branco. Sua meta é formar um forte bloco para voltar à cena do jogo eleito deputado federal. Em político sem mandato, nem o vento bate nas costas.


OUTRO MOMENTO


O EX-DEPUTADO Ney Amorim é um político maneiroso, mas desta feita irá enfrentar uma eleição sem estar montado no poder, como disputava no PT. E, ele tem de exercer toda a sua habilidade para conseguir novos aliados, num cenário eleitoral de antigos ex-adversários.


ABERTURA DE INVESTIGAÇÃO


O MP apenas abriu uma investigação contra a gestão do prefeito Mazinho Serafim, não havendo nada que possa ser considerado neste momento como uma ilegalidade sua, porque a citada apuração nem teve o seu início.


QUAL FOI A NOVIDADE?


MUITA gente criticando o presidente Bolsonaro por dar maus exemplos como aglomerar, não usar máscaras, andar numa moto sem capacete, qual foi a novidade?


DESDE QUANDO?


DESDE QUANDO, o presidente Bolsonaro teve algum respeito pela ciência, que recomenda usar máscaras, não aglomerar, para se precaver da Covid-19? Foi o Bolsonaro sendo Bolsonaro. Não cabe, pois, nenhum espanto. 


É UNANIMIDADE


O DEPUTADO federal Alan Rick (DEM) é considerado até pelos adversários políticos como um dos melhores quadros do estado na Câmara Federal. Pela sua lealdade ao projeto do governo estadual, não tem o espaço que merecia.


FRASE MARCANTE


“Use palavras leves e argumentos pesados”. Ditado inglês.


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