O governador Gladson Cameli (Progressistas) afirmou em entrevista coletiva durante posse do ex-deputado Ney Amorim no Podemos, na manhã desta segunda-feira (19), que as ameaças feitas pelo seu vice, Major Rocha (PSL), não estão lhe preocupando no momento.
A declaração de Cameli é baseada em recentes declarações de Rocha, que afirmou que assim que o governador Gladson se ausentar do Estado, irá assumir e demitir os aliados e os familiares de Cameli que ocupam cargos no governo. O chefe do executivo desdenhou do assunto e pediu para Rocha aproveitar quando houver oportunidade. “Que ele pegue a caneta e faça bom proveito, mas, ele precisa se eleger primeiro”, disparou.
Segundo ele, as críticas fazem parte da democracia dada pelo governo. “Somos um governo democrático, é isso”, ressaltou.
Gladson e Rocha vivem um clima de tensão desde o início de 2020 e se agravou durante as eleições municipais de 2020. Na época, após as denúncias de Rocha, Cameli fez inúmeras exonerações do gabinete do militar em forma de retaliação.
Ao tomar conhecimento da declaração do governador, Rocha afirmou que não causa estranheza o fato do Gladson desconhecer a Constituição Estadual. “Ao afirmar que eu deveria ser eleito governador para exonerar os familiares dele, os petistas e os comunistas que estão no governo, cheguei a conclusão de que o chefe do executivo não leu, ou pior, se leu não teve a capacidade de entender a Lei Maior do nosso Acre”, disse o vice-governador disponibilizando trechos da constituição estadual que demonstram que ele também pode nomear ou exonerar na ausência do titular.