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Casos de Covid-19 mataram mais do que doenças cardiovasculares e respiratórias em todo o Acre

Com 774 mortes no período analisado, a covid-19 já é de longe a nova campeã em óbitos. Vence transtornos juntos, como insuficiência respiratória e pneumonia. Entre 16 de março e 15 de abril, as mortes por Covid-19 são responsáveis por 52% do registro total de óbitos: 1591.

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A curva cada vez maior na média de mortes relacionadas ao coronavírus já faz com que a Covid-19 seja a maior responsável pelos óbitos no Acre, superando, inclusive, as mortes em decorrência de complicações cardiovasculares e respiratórias que historicamente foram principais causa de mortes no estado.


Os dados são do Portal Transparência de Registro Civil. O coronavírus no Acre matou quatro vezes mais (774) do que as doenças cerebrovasculares (disfunções ligadas a vasos sanguíneos que irrigam o cérebro, como o Acidente Vascular Cerebral – AVC). Foram 171 registros de óbitos até o dia 15 abril por AVC e infarto.

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Com relação à insuficiência respiratória, o dado é ainda mais alarmante, o número de óbitos por Covid-19 chega a ser 14 vezes mais no período de um mês. Com relação a mortes por pneumonia (175), o número de pessoas mortas pelos impactos da Covid-19 é quatro vezes maior.


Outra constatação é sobre a notificação das mortes relacionadas ao coronavírus, que não é tão exata assim. Segundo especialistas vêm sendo observados registros de morte por causas genéricas como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), pneumonia ou insuficiência respiratória, sem levar em conta a influência do coronavírus.


No Acre, até sábado, 16, 1.383 pessoas morreram por causa da Covid-19 desde o registro do primeiro caso em março do ano passado. Entre 16 de março e 15 de abril, as mortes por Covid-19 são responsáveis por 52% do registro total de óbitos: 1591.


O médico infectologista Jenilson Leite disse em entrevista que a única saída são os protocolos sanitários. Ele aponta para o uso da máscara como principal alternativa para o enfrentamento à pandemia. Para ele, os casos mais agudos vão continuar ocorrendo até o mês de julho. “Os estudos apontam para casos ainda agudos da pandemia até o meio do ano, em julho, é muito importante a sociedade continuar seguindo os protocolos sanitários. O uso da máscara é essencial” destacou.


O médico cardiologista Dr. Felix Ramires, coordenador do programa de Insuficiência Cardíaca do HCor, orienta que “pacientes com doenças crônicas, hipertensão, diabetes e que já tiveram alguma doença cardíaca como infarto ou passaram por alguma cirurgia cardiovascular ou que têm insuficiência cardíaca, são um grupo de maior risco.  Nesse grupo existe uma predisposição para desenvolver a forma grave da doença, não especificamente para ser contaminado pelo covid-19”.


De acordo com o especialista, como este é o grupo de pacientes que tem o maior risco de desenvolver a forma grave da doença, mesmo tendo apenas hipertensão ou diabetes, a prevenção deve ser dobrada, para que eles não adquirem a doença.  “Portanto, devem evitar aglomerações, sempre que possível trabalhar de casa, evitar contato próximo com pessoas que voltaram de viagem de lugares onde o surto esteja mais prevalente. Isolamento domiciliar deste grupo é mais recomendado para que não sejam contaminados com o vírus”, explicou Dr. Ramires em entrevista ao hcor.com.br.


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