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Alysson Bestene espera um julgamento justo pelas suas ações

Secretário tem revelado a amigos próximos que além de cansado, tem sensação de mãos atadas diante da segunda onda do novo coronavírus que vem ceifando dezenas de vidas no Acre diariamente.

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Sem comentar se o secretário de saúde Alysson Bestene deve pedir mesmo para deixar o cargo em live essa semana, o governador do Acre, Gladson Cameli, reconheceu que o gestor e amigo pessoal está “cansado”.


Com um ano de pandemia, à frente de todas as ações desenvolvidas para o enfrentamento do vírus e suas mutações, Alysson tem confessado para amigos próximos que além do estresse, tem sensação de mãos atadas diante da segunda onda do novo coronavírus que vem ceifando dezenas de vidas no Acre diariamente.

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Emocionado durante um encontro de gestores, o secretário deixou escapar sua preocupação com os efeitos do pico da pandemia previstos para o início da próxima semana e o dia 10 de abril temendo que ocorra no seu estado, a situação crítica vivida no Amazonas.


Próximo de inaugurar a ampliação de novos leitos clínicos e de UTI, no antigo prédio do BOPE, em Rio Branco, o estresse do secretário ocorre também, pelo temor no julgamento de seus atos frente o cenário transformador e os problemas enfrentados na pandemia.


“Temos feito tudo dentro da lei, mas, não sei como seremos julgados como gestor nessa pandemia” teria comentando o secretário, segundo uma fonte da Casa Civil.


É que após o colapso do sistema de saúde pública em Manaus, o prefeito, o governador e o ex-ministro da saúde, Eduardo Pazzuelo, vêm enfrentando processos e sendo apertados pelos órgãos controladores que investigam as medidas adotadas para fazer frente à falta de oxigênio e o caos implantado no sistema público de saúde. No bolo das investigações estão pessoas físicas, jurídicas, servidores e entidades.


Na gestão da crise de saúde no Acre relacionada ao Covid-19, Alysson contou com as falhas do governo federal para conter a transmissão do vírus e o achatamento da curva de transmissão. Sem leitos de UTIs e sem profissionais para a ampliação do sistema, o Acre está junto com outros cinco estados classificados em situação crítica com risco de faltar oxigênio.


Além disso, os médicos que Eduardo Pazuello ficou de enviar para reforçar as equipes nos hospitais, ficou apenas na promessa. Com Pazuello fora da pasta, o governo não tem mais a garantia dos recursos humanos. Essa semana, dois leitos de UTI foram fechados no Pronto Socorro de Rio Branco por falta de profissionais.


O debate sobre a flexibilização de regras para liberar recursos públicos mais rápido e a desburocratização da máquina num cenário de emergência, pauta o país. Nem sempre esse mecanismo é utilizado por todos com boa fé. Escândalos envolvendo corrupção e mau uso de recursos públicos destinados ao enfrentamento da Covid-19 se espalham de Norte a Sul.


Um pedido de investigação sobre os gastos dos recursos da Covid-19 foi protocolado na Polícia Federal ano passado, pelo deputado de oposição Daniel Zen (PT).


“Não estamos levantando falso testemunho, não estamos levantando suspeitas levianas e nem acusando ninguém. Só estamos pedindo que os órgãos públicos se debrucem sobre alguns pontos importantes que detectamos e que achamos importante serem apurados. A baixa execução dos recursos destinados pelo governo federal no combate a pandemia é um deles”, disse Daniel Zen.


Até esse final de semana, nem o Palácio Rio Branco e nem o secretário Alysson Bestene se manifestaram sobre o suposto pedido de demissão dando a entender de que mesmo “cansado” e com alto nível de estresse, ele permanece à frente da batalha.

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