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Pecuaristas e donos de casas agropecuárias são alvos de operação da PF e R$ 17 milhões são bloqueados

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Em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira, 11, o delegado Vitor Fagundes da Polícia Federal, responsável pelo inquérito que culminou na Operação Constantino, afirmou que os alvos são pessoas pecuaristas, fazendeiros e donos de casas agropecuárias.


Segundo o delegado, a organização criminosa invadia terras de domínio público federal, localizadas na região sul do estado do Amazonas, para desmatar e comercializar madeira extraída ilicitamente.

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Durante a ação, a PF apreendeu 7 mil cabeças de gado, cerca de R$ 100 mil em espécie, sete veículos avaliados em cerca de R$ 200 mil cada e joias. Foram bloqueados R$ 17 milhões dos investigados.



Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e 22 mandados de busca e apreensão nas cidades de Rio Branco, Manaus e Boca do Acre (AM). Também são alvos das medidas judiciais fazendas localizadas nos municípios de Lábrea (AM) e Boca do Acre (AM).


Segundo ele, a organização criminosa contava com a participação de servidores públicos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) do Amazonas, que atuavam no sentido de “esquentar” essas terras no acervo patrimonial dos criminosos integrantes do esquema.



“Desses quatro mandados de prisão preventiva, um deles foi cumprido em desfavor de um servidor público do Incra do Amazonas. Os outros três foram cumpridos em desfavor dos líderes da organização criminosa. A gente apontou que uma família que atuava e financiava e, por intermédio de pessoas, se apropriaram dessas terras. Então, são indivíduos que atuam no ramo agropecuário, e também como pessoa jurídica. Foi constatado também que grande parte das fazendas identificadas no patrimônio desta família são registradas em nomes de terceiros, ou seja, os laranjas”, salientou.


Entenda a investigação

As investigações apuraram que a organização criminosa invadiu e se apropriou de mais de 9.000 mil hectares de terras pertencentes à União, sendo que nestas foi identificada ação de desmatamento que atingiu aproximadamente 4.000 hectares.


Laudos do setor da PF constataram que no transcorrer do processo de usurpação da área foram explorados recursos ambientais avaliados em R$ 13,6 milhões, o que gerou um custo de reparação equivalente a R$ 28 milhões. Isso significa dizer que o dano ambiental total experimentado pela União alcançou o montante de R$ 45 milhões.


A Polícia Federal não divulgou os nomes dos alvos da Operação Constantino para não atrapalhar nas investigações.


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