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Caminhoneiros protestam contra bloqueio de ponte por imigrantes em Assis Brasil

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Cerca de 30 caminhoneiros que estão impedidos de passar pela Ponte da Integração Brasil-Peru, entre Assis Brasil e Iñapari, por conta da presença dos imigrantes haitianos e africanos que lá estão acampados desde o último dia 14, se dirigiram à prefeitura da cidade brasileira, na manhã desta quarta-feira, 24, em busca de uma solução para o impasse.


Em ambos os lados da fronteira há caminhões e carretas parados há quase duas semanas com cargas de vários produtos, alguns perecíveis, além de combustíveis. A impossibilidade de os caminhoneiros atravessarem a ponte já causa, segundo informações prestadas por eles mesmos, desabastecimento de alguns itens na cidade boliviana de Cobija.

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De acordo com alguns relatos a que o ac24horas teve acesso, os caminhoneiros estão passando privações como falta de água e de banheiros no local onde os veículos estão estacionados. Uma comissão formada por alguns representantes dos profissionais foi recebida pelo prefeito Jerry Correia, que disse que a angústia deles é a mesma que a prefeitura tem enfrentado.



“Eles reconhecem que o problema não é da nossa competência, mas vieram aqui pedir ao município que o apelo deles seja levado às demais autoridades. São dezenas de caminhões que estão retidos tanto no Peru quanto no Brasil, alguns deles com cargas perecíveis e outros com cargas muito perigosas como combustíveis, que é a maioria, e também explosivos”, disse o prefeito.


Durante a conversa com o prefeito, um dos caminhoneiros disse que os imigrantes não querem ser maleáveis com a necessidade de as cargas serem liberadas para passar pela ponte e não pretendem resolver a situação pacificamente. Ele afirmou que a intenção do movimento é chamar a atenção dos governos federal e estadual para que os direitos deles sejam garantidos.


“Nós estamos pagando esse preço, perdendo as cargas e o nosso trabalho. Todos aqui têm família para sustentar e pagar parcelas de caminhão, trabalhando legalmente e pagando os nossos impostos, por isso estamos aqui não para fazer barulho e nem brigar com estrangeiros, mas para exigir os nossos direitos, chamando a atenção dos governos estadual e federal”.



Nos últimos dias, a quantidade de imigrantes em Assis Brasil diminuiu tanto na Ponte da Integração quanto nos abrigos improvisados, por conta de muitos terem resolvido retornar para as cidades brasileiras de onde saíram. No entanto, cerca de 100 pessoas ainda ocupam a travessia entre os dois países impedindo o tráfego normal de pessoas e caminhões de carga.


O prefeito Jerry Correia disse que chegou a cortar o fornecimento de alimentação aos imigrantes acampados na ponte na semana passada, quando o número de pessoas se tornou menor, no intuito de que eles voltassem para os abrigos, mas a concentração voltou a aumentar e a assistência prestada pelo município aos estrangeiros foi retomada no local.


*Com colaboração do repórter Almir Andrade, do Sistema Público de Comunicação do Acre.


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