A Operação Trojan, da Polícia Civil do Acre, que deu cumprimento a seis mandados de busca e apreensão e prendeu preventivamente seis pessoas por suspeita de envolvimento em fraudes em licitações públicas na Secretaria de Educação na manhã desta sexta-feira, 12, é responsável por investigar um suposto superfaturamento de R$ 2,4 milhões em um contrato de compra de 2 mil computadores adquiridos pelo Estado em 2019.
Entre os presos estão o empresário Cristiano Silva Ferreira, dono da C.Com Shopping Informática, empresa que vendeu as máquinas, e Márcio Matos Mourão, ex-secretário-adjunto de educação, responsável por autorizar a compra. Além deles, também foram presos os servidores da educação Javã Sousa Costa, chefe do Departamento de TI, e Erick Reimar Soares Souza, fiscal do Contrato. Por parte da empresa, outras duas pessoas também foram detidas: Lucimar Martins Sampaio, responsável pelo Setor de Licitação da C.Com Shopping e Soneli Maria da Silva, sócia da C.Com Shopping e mãe de Cristiano.
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Após o dia de oitivas, apreensões de carros, documentos, computadores e celulares, os acusados foram encaminhados ao Instituto Médico Legal para a realização do Corpo de Delito, mas aos serem encaminhados ao presídio de Rio Branco, Francisco D’Oliveira Conde, o juiz da 4ª Vara Criminal, Cloves Augusto, determinou que a mãe de Cristiano ficasse reclusa em casa, em prisão domiciliar, por esta ter problemas crônicos de saúde. Já seu filho, por ter nível superior e advogado, foi encaminhado a uma cela do Batalhão de Operações Especiais (BOPE). Já os demais foram enviados para dormir no presídio.
No entendimento dos investigadores, os envolvidos irão responder pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica e descumprimento da Lei de Licitações – Lei nº 8.666/93. Foram empregados 50 agentes de Policia Civil das especializadas no uso de 20 viaturas no cumprimento das medidas judiciais.
O nome da operação policial “Trojan” vem da mitologia Grega onde faz referência a “Cavalo de Tróia” que também é um dos programas maliciosos mais comuns. Ele acessa seu dispositivo disfarçado como um programa comum e legítimo. Seu papel é possibilitar a abertura de uma “porta”, de forma que usuários mal intencionados possam invadir seu computador.
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