A farmacêutica norte-americana Merck (representada no Brasil pela MSD), que produz a ivermectina, afirmou que ainda não há evidências de que o medicamento traga benefícios ou seja eficaz no tratamento da covid-19.
Em um comunicado publicado ontem, a empresa disse que não há base científica que indique efeitos terapêuticos contra a covid-19 nos estudo pré-clínicos já publicados.
Além disso, a farmacêutica afirmou que não foi encontrada evidência significativa de eficácia ou atividade clínica do medicamento em pacientes infectados pelo coronavírus.
“Nós não acreditamos que os dados disponíveis apontem segurança e eficácia da ivermectina além das doses e populações indicadas na agência regulatória e aprovadas para prescrição”, diz a nota do laboratório.
A empresa disse ainda que seus cientistas continuam examinando com cuidado descobertas e novos estudos para identificar eventuais evidências de segurança e eficácia do uso do medicamento no tratamento da covid-19.
Usado no tratamento de infecções por parasitas e piolho, a ivermectina faz parte do “kit covid” promovido pelo Ministério da Saúde e pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como tratamento precoce à covid-19.
Além da ivermectina, o kit do governo inclui a hidroxicloroquina, a azitromicina, e a nitazoxanida, além dos suplementos de zinco e das vitaminas C e D. Ainda não há evidências científicas de que qualquer desses medicamentos tenha eficácia no combate ao coronavírus.
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