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Servidores da UPA acusam prefeitura de lotar unidade com suspeitos de dengue por “má-fé”

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Além do aumento no número de casos de dengue em Rio Branco, a direção da Unidade de Pronto Atendimento Franco Silva, a UPA da Baixada da Sobral, também tem encontrado outra dificuldade para realizar os atendimentos. A direção da UPA reclama que centenas de pacientes chegam à unidade encaminhados pelas Unidades de Referência de Atenção Primária, as URAPs, que são administradas pela Prefeitura de Rio Branco.


O problema ocasiona sobrecarga de trabalho na UPA, que é administrada pelo estado, gerando insatisfação nos pacientes, que têm de esperar por até 5 horas para serem atendidos. Uma das servidoras da UPA Franco Silva, explica que os pacientes que chegam com Dengue alegam que foram instruídos a procurar a unidade pelos profissionais das URAPs, num procedimento que ela entende ser “errôneo e de má-fé’.

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“A UPA é para atendimento de urgência e emergência. Mas por sermos ‘porta aberta’ não quer dizer que as URAPs, que são do Município de Rio Branco, devam ser omissas em suas atribuições com a Dengue”, diz.


Desde que os casos de Dengue aumentaram, o número de pacientes subiu de 200 para 380 pacientes por dia, sendo que desse total, uma média de 300 pessoas, a grande maioria, buscam a unidade com suspeitas de estarem com a doença.


“As URAPs estão dando a informação para a população de que a UPA da Sobral faz teste rápido para a dengue. E que nosso atendimento é exclusivo de Dengue, o que não é verdade. Não fazemos atendimento exclusivo de patologia nenhuma, nem somos referência para a Dengue, assim como também não somos para Covid-19. E isso está gerando uma insatisfação muito grande na população”, explica a profissional de saúde. 


A UPA não recebeu informação de que faltam médicos para atender nas URAPs e que os testes de hemogramas, que estão sendo feitos na UPA, ‘em escala quase que industrial’, para atender os pacientes com suspeitas de dengue, não são os mais adequados para dizer se eles estão com a doença ou não.


“Está pesado porque estamos aqui já há mais de 25 dias, de domingo a domingo, apagando fogo, tentando melhorar, sem conseguirmos fazer o nosso nem o que é de competência das URAPs”.


O outro lado

Nesta semana, o prefeito Tião Bocalom decretou estado de emergência para a doença, depois que do dia 3 a 21 de janeiro, foram registrados 1.494 casos notificados de dengue. A secretaria municipal de saúde afirma que as equipes, tanto do estado como da prefeitura, estão tentando entrar num consenso para determinar o fluxo nos laboratórios e unidade de saúde para avaliar como proceder com os pacientes com suspeita de dengue e quais locais procurar.


Ao ac24horas, o secretário do município, Frank Lima, diz desconhecer as denúncias da UPA. Inclusive, nesta quinta-feira, a prefeitura participou de uma reunião com representantes da UPA da Sobral sobre a problemática e que o fato não foi citado. 


“Estamos organizando o serviço e os pacientes estão procurando as Upas porque o exame que detecta dengue só faz na Upa”, diz Lima.


O secretário assegura que está regulando junto ao estado para que nos próximos dias ao menos cinco Uraps possam fazer o exame de identificação da dengue. “Estamos passando por uma emergência de dengue e tomando as medidas para que o ministério da saúde reconheça a situação. Estamos alinhando o fluxo e creio que a partir de amanhã [sexta-feira] vamos estar com cinco Uraps fazendo exame de dengue e com swab para Covid”, explicou Frank Lima. 


A prefeitura garante que neste momento está dialogando com o estado para ter um fluxo melhor aos pacientes.


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