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Livro conta a história de homem que se tornou delegado no Acre aos 55 anos

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Você já deve ter ouvido em algum momento, mesmo que tenha sido com outra pessoa, a frase: “Você já está velho para isso”.


Judson Barros, hoje com 55 anos de idade, nunca concordou com a frase e fez mais do que discordar. O homem que nasceu em Carolina, interior do Maranhão, é prova de que nunca é tarde para correr atrás de seus sonhos.

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Judson decidiu aos 45 anos iniciar o curso de direito e colocou como meta passar em um concurso público para delegado após a conclusão da faculdade.


Após longos anos de estudo, com mais de meio século de vida, Judson conseguiu aprovação em concurso público para delegado no Acre e no Piauí.


Ao optar pelo Acre, Judson foi alvo do próprio Estado que recorreu, já que a data máxima para o cargo estipulada pelo edital do concurso era de 40 anos. Ele não desistiu, entrou na justiça e ganhou o direito de assumir o cargo tão sonhado. Na decisão, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) considerou que a imposição da idade máxima em 40 anos era uma regra discriminatória, inadequada e desproporcional.


A história de superação de Judson vai virar um livro. Escrito pelo próprio delegado, Judson conceitua a discriminação sofrida em função da idade como “etariofobia”. Ainda diz que a discriminação por idade efetivada pelo Estado é um precedente para que outras possibilidades de discriminação sejam implementadas. “O Estado que deveria promover a igualdade entre as pessoas é quem promove a discriminação, que neste caso não tem fundamento jurídico além de ser uma violência contra os direitos humanos”, afirma.


A situação, de acordo com o delegado, é de discriminação descabida que envereda pelo caminho da perseguição. De acordo com o STF e STJ a limitação de idade para o cargo de delegado de polícia não se justifica.


Além da questão judicial, o autor descreve no livro como foi a sua trajetória de estudante de Direito e como se preparou para a realização dos concursos. Esclarece que o mundo do concurso é altamente competitivo e da necessidade de uma preparação adequada.


O livro “DEPOIS DOS 45, NA PRORROGAÇÃO”, tem previsão de lançamento para o mês de março do corrente ano.


“É um livro que conta a história de um homem casado, pai de família, que entende aos 45 anos que estudar era a melhor alternativa. Fui para uma faculdade sem entender nem o que era o direito. Me dediquei, me esforcei e acreditei no que estava fazendo. Depois de concluir o curso, passei em vários concursos. Isso é uma demonstração de que os sonhos são possíveis de serem realizados. Só depende exclusivamente de acreditar que você pode realizar as coisas. A idade não tem importância”, afirma Judson.


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