Tião Bocalom foi ao longo de eleições, um batalhador na busca de um cargo executivo, seja como candidato a governador, seja como candidato a prefeito da capital. Depois de sofrer várias derrotas, enfim, chega ao poder com o surrado discurso do “Produzir para Empregar” debaixo do braço, e com um único currículo na gestão: o de ter sido prefeito de Acrelândia há mais de três décadas, quando o município era no máximo um povoado.
A sua passagem por secretarias do estado foi efêmera e sem projeção. Agora será diferente, vai pegar para gerir o maior município do Acre, que cresceu sem um planejamento urbanístico, com poucos recursos próprios para fazer frente às demandas, vivendo praticamente de emendas parlamentares para investimentos extras.
Não terá muitas desculpas para apresentar para não decolar, porque está pegando uma prefeitura enxuta em seus quadros e saneada financeiramente.
Na oposição, sempre portou uma varinha mágica com solução para todos os problemas do município. As urnas lhe deram a oportunidade de provar se é tão bom na teoria como na prática. O jogo está jogado. E agora será a hora de saber se o Tião Bocalom tem café no bule para por fim aos sérios problemas que enfrenta a capital.
E, que são muitos. Acabou a hora da conversa, chegou a hora da ação. E de saber se o santo não era de barro.
LONGE DO AMÉM E SIM SENHOR
O QUE SE ESPERA dos novos vereadores de Rio Branco é que não integrem o cordão dos mudinhos e, ao invés do amém e sim senhor, sejam de fato fiscais da nova gestão.
NÃO TÃO NEUTRO
NA ELEIÇÃO do presidente da Câmara Municipal de Rio Branco o Tião Bocalom não foi neutro como dizia. Foi um defensor na sombra da candidatura do amigo N. Lima.
O EMPENHO ERA ANTES
COMPLETAMENTE FORA DE TEMPO o empenho de assessores do governador Gladson na eleição da mesa diretora da Câmara Municipal de Rio Branco. Não tiveram o mesmo empenho na campanha da aliada Socorro Neri.
NADA, ABSOLUTAMENTE NADA!
MESMO porque, para o governo, não representa nada, absolutamente nada, a composição de uma mesa diretora de Câmara Municipal. O ganho político no caso, é zero.
VITÓRIA DE PIRRO
O DEPUTADO Ghélen Diniz (PP) jacta-se do seu grupo ter ganho a presidência da Câmara Municipal de Sena Madureira. Foi a chamada “Vitória de Pirro”. O que era para ganhar ele perdeu de lavada: a eleição de prefeito.
CAIU NA REAL
AO ACEITAR conversar com o governador Gladson sem a imposição de cargos, o vice-governador Major Rocha caiu na real de que, vice é um eventual substituto do governador. E ter espaços no governo é uma concessão.
COMPLETAMENTE ERRADO
O PROBLEMA é que o Rocha foi para um confronto com o Gladson com uma caneta sem ter tinta. E, tivesse ele, cumprido o seu papel de vice, como cumpriram o César Messias e a Nazaré Araújo – vices nos governos do PT, por certo seria de novo o vice numa eventual reeleição.
NÃO COLOCA, JAMAIS!
O ROCHA pode até se reaproximar do governador, mas a confiança para ser de novo vice na chapa do Gladson, caso este venha disputar a reeleição, foi perdida.
DEIXA O PP
O EX-VEREADOR Joelso Pontes está deixando o PP para se filiar no PSD do senador Sérgio Petecão. O Joelso é de fato o único nome do partido no município com votos.
GRANDE OPORTUNIDADE
O PREFEITO de Epitaciolândia, Delegado Sérgio Lopes, que se elegeu contra as oligarquias políticas que sempre dominaram o município, terá a oportunidade de fazer uma gestão diferente, ele foi eleito sem atrelamentos.
QUEIXA COM RAZÃO
SEMPRE ouço queixas do governador Gladson que, não conseguiu ainda encontrar o nome ideal para ser o seu assessor político. Com razão. Assessorar não é bajular.
DEVIAM SE RECUSAR
TENHO BONS E DILETOS amigos bolsonaristas ferrenhos. Daqueles que, se o Bolsonaro disser que Melhoral cura a Covid, acreditam. Simples: abram mão da vacina. E, se pegarem a Covid, uma “gripezinha,” tomem Melhoral.
FRASE MARCANTE
“Muitas pessoas cometem o erro de substituir o conhecimento pela afirmação de que é verdadeiro aquilo que elas desejam.” Bertrand Russell.
AGENTES NADA SECRETOS
No Acre, não se sabe quem é o autor da feliz frase de que, Rio Branco é terra de muro baixo. Tudo vaza para o público. Um segredo não demora 24 horas. No período da Ditadura Militar, todo mundo sabia quem eram os agentes do SNI- Serviço Nacional de Informação, no estado. Tudo por indiscrição do saudoso diretor do jornal “O Rio Branco”, José Chalub Leite. Contava o Zé Leite que, certa feita, foi lhe mostrada pelo fotógrafo Américo de Melo a sua carteira de Agente do SNI, com o seguinte pedido de discrição: – Não diz nada para ninguém, porque além de mim, também são agentes o Marinho Galo, o Sansão Ribeiro e o Reitor Áulio Gélio. Zé leite soltou a matraca e contou a Deus e ao mundo, e dessa forma a turma passou a ser conhecida ironicamente na cidade por “Agentes Nada Secretos 000 do SNI”. Do livro Útima Chamada para Manacapuru” – Luis Carlos Moreira Jorge.