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Como perder uma eleição sendo uma boa prefeita

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A FRASE ACIMA poderia ser desdobrada na elaboração de um Manual, que poderia ser usado pelos futuros prefeitos, como lição pedagógica para não perder uma eleição disputando no poder, sendo um gestor eficiente, e com o apoio da máquina estadual.


Como figura central do Manual estaria a prefeita Socorro Neri (PSB) -foto-. Pode buscar a estatística, que ela vai mostrar que bons prefeitos, dificilmente, não são reeleitos.


A derrota política da Socorro pode ser sintetizada em uma frase: fez uma boa administração, mas não fez política.


A simbiose destes dois elementos é essencial para ganhar a eleição. E, pelo simples fato de que, se vota na empatia do nome do candidato, e não em obras.


O primeiro erro foi não ter aceitado o convite do governador Gladson para ser candidata pelo PP. Tivesse ido, não teria a candidatura do Tião Bocalom (PP); teria o apoio do senador Sérgio Petecão (PSD), com a Marfisa Galvão (PSD) na sua chapa, e, dificilmente, nesta estrutura, não estaria reeleita.


Insistiu em ficar no PSB, que como partido não representa força na capital, quiçá, aconselhada pelos palpiteiros que orbitavam no seu entorno, alguns deles com planos projetados para 2022. O PSB não é nada politicamente, não tem base; não tem militância.


Outro erro foi se cercar de amadores para conduzir a sua campanha. Colocou amadores para a coordenação da sua campanha, quando o jogo era para profissionais. O seu programa eleitoral foi sofrível. Ficou mesmo no mote “esperançar”, palavra desconhecida dos ouvidos dos grotões. Nem a sua imagem foi trabalhada pelo seu marketing.


Aparecia nos programas eleitorais com uma imagem cansada e pouco convincente. Tornava um programa sem sal. O fato de ser atacada por todos os adversários lhe desgastou, mas por certo não foi o essencial para a sua derrota. Até porque os ataques foram naturais, era o seu cargo que estava na disputa.


Representantes do governo Gladson reclamaram ao longo da campanha da sua personalidade forte, pouco afeita a aceitar sugestões.


Ao ficar no PSB, isso sim, colaborou em muito para a sua derrota. Ouvi de figuras políticas importantes que, o fato de nas carreatas colocar ao seu lado no carro aberto figuras manjadas que tiveram toda uma vida nos governos do PT, lhe foi altamente prejudicial.


Na capital, os muros são baixos e todos conhecem os políticos, e onde estavam.


Não soube usar com vigor a rede social, onde perdeu feio o debate. E, quando vejo a prefeita entregando obras até o último dia da sua gestão, como a conclusão do Shopping Popular, que começou com o antecessor, saber que vai entregar uma prefeitura enxuta de cargos e saneada na parte fiscal, ai dá para grafar a frase: 2020 vai ficar na história política da capital, como a eleição em que uma boa prefeita foi derrotada pelo amadorismo.


Não cair na graça popular, é sempre fatal numa eleição. Agora, Inês é morta! Rainha morta! Rei Posto!


LUTADOR SONADO
O VICE-GOVERNADOR Major Rocha lembra aqueles lutadores sonados, que mesmo nocauteados continuam de pé. Apostou que podia enfrentar o governador Gladson Cameli sem ter a caneta na mão. Perdeu muitos dos cargos que indicou, e se for para uma nova conversa política com o governador, irá sem a força que tinha no início do mandato. O seu perfil belicoso foi seu maior adversário.


NÃO SERÁ COMO ERA ANTES
O ROCHA é um político com méritos, isso não se discute. Mesmo que venha a compor novamente com o governo do Gladson, não entrará mais como Major político, mas como Recruta. Seria uma relação difícil, porque entre ambos, foi quebrada a confiança.


DIFERENÇA DE DADOS
ENTRE o governador Gladson e o Major Rocha há uma separação abissal. Gladson diz que deu ao seu vice um amplo espaço no governo, o vice nega. E, é, também por isso o conflito nas suas relações.


FOI O QUE LHE RESTOU
A VASSOURADA que o governador Gladson Cameli deu nos cargos no governo que ainda estavam na órbita da indicação da deputada federal Mara Rocha (PSDB), foi o que lhe restou. Não podia ter ao seu lado aliados de uma declarada inimiga política.


ME TIREM DESTE PACOTE
NO PACOTE da reunião programada entre o deputado federal Flaviano Melo (MDB) e o governador Gladson Cameli, sobre um reatamento político, por certo não estará o grupo Vagner Sales.


NÃO QUER CONVERSA
SOBRE A CONVERSA que o MDB terá com o governador, Vagner Sales mandou uma postagem ao BLOG, dizendo estar fora deste pacote. “Não falo com o Gladson faz tempo, e não tenho intenção de conversar, já sei a cor da chibata do Gladson, não irei fortalecer um governo para ele me bater de novo”, avisou. E completa dizendo que, ele cansou de ser enganado.


NÃO TEM NEM CORAGEM
CONHEÇO UM POUCO da aldeia do MDB. E posso afirmar que, sem susto de errar de que, seja o Flaviano Melo ou outro dirigente do MDB que for convidar o Vagner para se sentar com o Gladson, vai levar uma esculhambação. Não tenho nem dúvida.


JOGO PERIGOSO
A SER real que vai colocar em prática um modelo desafiador, de não querer ter um líder na Câmara Municipal de Rio Branco, e nem base de apoio ao seu governo, o prefeito Tião Bocalom estará invertendo o polo da pirâmide política. E algo que foge á lógica, é uma engenharia temerosa, tenho dúvidas que funcionará. Mas, como é algo novo, melhor esperar o desfecho.


EXPERIENTE E NÃO BAJULADOR
ACHO QUE, o prefeito Tião Bocalom terá que ter ao seu lado uma pessoa experiente, que saiba lhe orientar quando necessário, amansar a sua belicosidade. Não falo de tarefeiro. Tampouco de assessor bajulador para dizer que tem cabelos louros e olhos azuis. Falo de alguém que possa dizer que está errado, quando for o caso.


NUM INSTANTE SE AMANSA
FONTE NÃO SE REVELA. Uma figura importante do governo mandou ontem uma postagem irônica sobre o senador Mário Bittar (MDB): “Como todo político brigão, não há uma secretaria grande de porteira fechada que não lhe acalme”. E nada mais disse e nem lhe foi perguntado.


NÃO SAIU BEM
FALANDO no senador Mário Bittar (MDB), este não saiu bem da eleição municipal. Seus candidatos não ganharam nos dois maiores colégios eleitorais, Cruzeiro do Sul e Rio Branco.


ANO CRUEL
2022 foi um ano cruel para os principais partidos de esquerda, o PT e PCdoB. Não conseguiram eleger um vereador na capital.


MELHOR ARTICULADO
O VEREADOR N.Lima (PP) aparece até aqui como o melhor articulado na disputa da presidência da Câmara Municipal de Rio Branco. O vereador Emerson Jarude (MDB) está como zebra.


DECISÃO SENSATA
A PREFEITA SOCORRO NERI tomou uma decisão sensata ao proibir a queima de fogos na orla do Rio Acre. A aglomeração seria inevitável e o risco de aumentar a contaminação pela COVID seria grande. A Socorro acerta ao ficar com a ciência.


NOME QUALIFICADO
HÁ UM MOVIMENTO a favor de que o deputado Pedro Longo (PV) venha a ser o novo líder do governo na ALEAC. Tenho informação de que aceitaria. É qualificado e do diálogo franco.


FELIZ ANO NOVO
FOI UM ANO conturbado este 2020. O flagelo da pandemia da COVID-10 ceifou centenas de vidas no Acre, beirando as 200 mil no Brasil. E assistimos a triste cena de uma campanha vinda de nossa principal autoridade incentivando que não se tome a vacina.


É tudo muito desumano.


É tudo muito cruel.


Se perdeu a docilidade das relações sociais. E o povo brasileiro, no meio desta guerra ideológica e insana sobre a vacina.


Parece que voltamos aos tempos da caverna. Mas, enquanto tiverem vozes sensatas ao gritar contra esta onda de negacionistas da ciência, haverá esperança de dias melhores.


Que venha 2021!


Feliz Ano Novo a todos os leitores do BLOG DO CRICA. Volto na próxima semana. Fiquem na paz de Deus.


 


 


 


 


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