Os motoristas das empresas de transporte coletivo de Rio Branco voltaram a realizar protestos no centro da capital acreana nesta sexta-feira (18). Desta vez, os trabalhadores mudaram o alvo do manifesto. Ao invés de cobrarem aprovação dos vereadores ao projeto de lei que destinaria R$ 2,4 milhões às empresas, agora eles pedem intervenção municipal, ou seja, querem que a prefeitura administre o transporte coletivo.
A reivindicação de agora tem como exemplo o que ocorreu nas cidades de Porto Velho (RO) e Manaus (AM), onde as prefeituras passaram a gerenciar as empresas devido aos constantes atrasos no pagamento de salários. “Agora não estamos atrás de a Câmara aprovar nada, estamos reivindicando nossos direitos de salários que estão atrasados”, disse um representante da classe.
O pedido de intervenção municipal é mais uma tática dos funcionários na tentativa de receber salários, férias e 13º salários que estão em atraso. “Já fomos informados de que até o dia 30 desse mês os empresários não terão como nos pagar. Por isso a maioria decidiu não rodar para que a prefeitura possa tomar uma posição”.
Antes de interditarem as mediações da prefeitura de Rio Branco, os motoristas afirmam que tentaram fazer o manifesto em frente às empresas de ônibus, mas que teriam sido impedidos. “Estávamos em frente à empresa e foram chamadas viaturas da polícia com intuito de nos tirar lá. Só queremos nossos salários, não queremos saber de onde vai sair o dinheiro”.
Os trabalhadores alegam que esse novo protesto pode render retaliações dos mesmos junto às empresas. “Sabemos que muitos podem até serem demitidos. Pedimos perdão à população pelos transtornos. Não queríamos fazer isso, mas fomos obrigados. Só temos Deus por nós”, finalizam.