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Vereador diz que Into se negou a compartilhar informações de amigo vítima da Covid-19

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Lucas Vitor

O vereador e médico infectologista Eduardo Farias (PCdoB) usou o seu tempo na sessão desta terça-feira, 24, para criticar o protocolo de atendimento de saúde do Instituto de Traumatologia (Into), escolhido pelo governador Gladson Cameli como unidade de referência para os casos da Covid-19.


Farias contou que encaminhou o amigo Francisco Nascimento Almeida, “Chiquino Almeida”, falecido em decorrência da Covid-19, para o Into, porém, revelou que não esperava que a instituição negasse informações em relação ao estado de saúde enquanto Chiquinho estava vivo.


O parlamentar que é médico infectologista e tem atuado na linha de combate ao Covid-19 afirmou que a situação do Into é uma “caixa preta da Covid”.


“Ninguém tem informação do que acontece lá dentro, e eu digo isso porque eu fui lá. Eu dei o diagnóstico do Chiquinho, e iniciei o tratamento, porém ele evoluiu com piora, e eu recomendei vá no INTO porque lá eles vão fazer os exames que mostram a necessidade de internar e acabou realmente internado”, contou Farias.


Em outro trecho, Farias relata que foi ao Into para saber o estado de saúde do amigo e as abordagens que iriam ser utilizadas pelos profissionais de saúde, mas os próprios colegas se recusaram a ceder informações acerca do estado de saúde de Chiquinho.


“Eu fui na direção e com muita insistência veio uma colega com a imagem da arrogância, e a colega disse simplesmente na minha frente com o prontuário na mão, que não ia me mostrar o prontuário, que não ia me dar as informações. Logo depois, ela disse que eu queria “privilégios”, e eu disse que estava pedindo apenas uma ética universal entre médicos que me passasse informações de um paciente meu, e ontem eu recebi o “privilégio” de pegar o corpo do meu amigo e enterrar”, lamentou.


Farias lamentou a conduta dos profissionais de saúde e destacou que o Into possui um diálogo muito ruim com a população.


‘Eu não sei que conduta fizeram e nem como é feito o acompanhamento aos pacientes, mas eu tenho suspeitas, e a informação que me chega é que é um monte de gente recém-formada. E a maior arma de quem tem ignorância, e que não consegue discutir as coisas é se esconder. O Into não dá informações muito provavelmente porque não seguram o debate da conduta. A relação que o Into está tendo com a nossa população é muito ruim”, pontuou.


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