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Com aliança ampliada, Bocalom é favorito 

DIZER QUE a eleição de segundo turno é uma nova eleição, é mera figura de retórica. Aplica-se apenas ao fato de ter que se ir votar novamente. Conta e conta muito, a vantagem obtida por um candidato que venceu o primeiro turno liderando com folgada margem de votos. É o caso do candidato a prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP), que chega ao turno final com 47 mil votos de diferença sobre a candidata adversária, prefeita Socorro Neri (PSB). A tendência natural de quem votou no Bocalom é repetir este voto. Foram votos de escolha final, de convicção, difíceis de serem mudados. A este nicho deve ser somado que Bocalom é quem ganhará mais aliados. O senador Márcio Bittar (MDB) foi o primeiro a se manifestar, prometendo o seu apoio. Já conversou com o PL da ex-deputada federal Antonia Lúcia; com o pastor Manuel Marcos, do REPUBLICANOS, e com o ex-candidato do MDB, deputado Roberto Duarte (MDB), para formarem na aliança. Bittar promete que irá moldar uma frente única em torno do candidato do PP à PMRB. O PSDB e o PSL devem anunciar esta semana sua adesão a candidatura de Bocalom (PP). Por todo este quadro, não demais se colocar a candidatura do Tião Bocalom (PP), como a favorita para vencer o último turno. Porque são assim que os números se apresentam.


UMA MISSÃO DIFÍCIL


A CANDIDATA Socorro Neri (PSB) terá uma missão mais árdua de vencer o segundo turno do que ter chegado nele. Além da diferença ampla de 47 mil votos a favor do seu adversário, não terá muito campo para ampliar o número de partidos aliados que já teve no turno inicial. A maioria deve se juntar ao candidato Bocalom (PP). E conspira contra ela que, teremos apenas 12 dias de campanha até o dia da votação. Um quadro nada animador.


MUITO A ARRUMAR


E, na campanha da prefeita Socorro Neri (PSB) se terá muita coisa a ser melhorada, do que para se comemorar. A sua coordenação política fracassou, o seu programa eleitoral foi ruim, e a sua campanha foi padrão, sem emoção da militância.


NÃO SE FALA DE DESASTRE


E NÃO ESTAMOS falando de uma candidata que foi um desastre como prefeita da capital. Estamos falando de uma gestora sem mácula, e que deixou as finanças municipais saneadas. O que pesa contra ela é que, não se preparou politicamente para disputar um novo mandato. Não foi uma candidatura planejada com antecedência. Faltou à Socorro Neri (PSB) este foco.


NADA DIFERENTE


ENTÃO, não há nada diferente a ser pincelado para o segundo turno. Teremos um Tião Bocalom (PP) com 47 mil votos de vantagem, que precisam ser tirados pela candidata Socorro Neri. Em tese, o Bocalom teria que perder dois mil votos por dia.


O GRANDE DERROTADO


NÃO HÁ COMO ESCAMOTEAR, o grande derrotado da eleição municipal foi o grupo do vice-governador Major Rocha (PP) e da sua irmã e deputada federal Mara Rocha (PSDB). O seu candidato à PMRB, Minoru Kinpara (PSDB) acabou em terceiro lugar, e não conseguiu eleger o irmão Pang Rocha (PSDB) a vereador. É uma lição para uma reflexão. A de que ninguém é dono de votos.


POLÍTICA SE FAZ JUNTANDO


ESTA BRIGA com o governador Gladson foi desfavorável ao grupo dos Rochas, que perdeu todo os espaços no governo, e só lhe restou o papel de franco atirador. Precisa pensar novas estratégias se não quiser chegar em 2022 de mero coadjuvante. 


LUA DE FEL


NA POLÍTICA se repactua, mas não vejo horizonte propício para que volte a lua de mel; que virou lua de fel, entre o governador Gladson e seu vice Rocha, a briga foi para o campo do pessoal.


DESASTRE VERMELHO


OUTRO DESASTRE na eleição municipal em Rio Branco, que é o maior colégio eleitoral do estado, foi o do PT. Seu candidato a prefeito, deputado Daniel Zen (PT), teve meros 7 mil votos. E não conseguiu eleger um único vereador. No poder, até a coruja tem olhos pequenos. Fora do poder, os olhos da coruja são enormes.


O PODER É AFRODISÍACO


OUVI a frase do título acima do saudoso ex-deputado Hermelindo Brasileiro (PDS). No poder, todos queriam se juntar á mesa do banquete do PT, chegaram a eleger postes. Fora do poder, figuras que ocuparam cargos importantes no governo petista, se afastaram e passaram a cuspir no prato que comeram.


NENHUM IMPORTANTE


O PT ficou com quatro prefeituras, nada que possa ser visto como importante, como base para a eleição de 2022. Assis Brasil, Mâncio Lima, Brasiléia e Xapuri, são pequenos colégios eleitorais.


AO NICOLAU, O QUE É DO NICOLAU


AO GOVERNADOR Gladson Cameli deve se dar o mérito de ter vencido no segundo colégio eleitoral do Acre, Cruzeiro do Sul. Mas não se pode deixar de comentar neste contexto o papel do deputado Nicolau Júnior (PP), que foi o grande engenheiro da aliança de partidos que apoiaram o candidato Zequinha (PP).


ERA O ESPERADO


A VITÓRIA da prefeita Fernanda Hassem (PT), em Brasiléia, deve ser debitada à sua boa avaliação como gestora, estar no poder, e ser política. Não pode ser considerada como uma vitória do PT, mas como conquista pessoal. O resto é figuração.


DERROTA


O SOLIDARIEDADE pode ser incluído na lista dos derrotados desta eleição municipal. Não elegeu um prefeito. Sua derrota mais emblemática foi para prefeitura de Senador Guiomard.


NÃO ERA O QUE ESPERAVA


O MDB teve um resultado abaixo do que esperava a sua direção. Elegeu prefeito de apenas uma cidade com peso eleitoral, o Mazinho Serafim (MDB), em Sena Madureira; o restante onde venceu foi em colégios eleitorais pequenos: Santa Rosa, Porto Walter, Manuel Urbano e Acrelândia. E não foi bem nos dois maiores polos eleitorais: Cruzeiro do Sul e Rio Branco.


CAÇAMBADA ESPERADA


O PREFEITO Mazinho SERAFIM deu uma caçambada de votos no deputado Gerlen Diniz (PP), mas isso já era jogo decidido.


BALÃO FURADO


COMENTEI neste BLOG de que, a candidatura do sargento Adonis (PSL), era como um balão furado, e que iria se esvaziar na reta final, com a arrancada dos grupos do PP e MDB, e foi o que aconteceu. A sua candidatura acabou esmagada em CZS. Mas saiu maior do que entrou, por ter tido uma votação razoável.


TRIPUDIAR NÃO É VIRTUDE


A POLÍTICA tem sempre o dia seguinte, e esse é imponderável. Por isso, foi um fato negativo e emocional, discursos de políticos influentes do Juruá tripudiando sobre a derrota do grupo do ex-prefeito Vagner Sales. Tripudiar sobre derrotados não é uma virtude, mas uma atitude arrogante, que pode custar um preço em eleições futuras.


ALAN RICK PODE COMEMORAR


O DEPUTADO FEDERAL ALAN RICK (DEM) pode comemorar. Pegou um partido em frangalhos, com quatro vereadores, e saiu da eleição municipal com 18 vereadores eleitos, 1 prefeito, e com 17 diretórios com as contas aprovadas. Sem falar que faz um mandato positivo. E não fez o Abdias da Farmácia (DEM) prefeito de Tarauacá, porque o Gladson não entrou na sua campanha, como tinha sido acertado com o DEM.


MAIS DO QUE NATURAL


PERGUNTEI ontem a um importante petista como será o partido no segundo turno. Resposta: -votar no Bocalom de nariz tapado.


FRASE MARCANTE


“NA POLÍTICA, dinheiro na mão é vendaval, e não solução”. Frase da política mineira.


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