E agora, Major?
Com as urnas fechadas e direito à maior abstenção da história das eleições, o segundo turno na disputa pela prefeitura de Rio Branco está garantido entre os candidatos Tião Bocalom (PP) e Socorro Neri (PSB). Agora, a situação política da capital promete ficar ainda mais tensa até o dia 29 de novembro.
Mas quem ganhou não foi Bocalom, nem Socorro Neri, assim como quem perdeu não foi Minoru Kinpara (PSDB). Sem tirar os méritos de Bocalom, quem ganhou mesmo foram a senadora Mailza Gomes e o senador Petecão, que não abriram para as pressões e mantiveram a candidatura do Progressistas contra tudo e contra todos.
E o próprio governador Gladson Cameli também pode comemorar a vitória, pois apostou num nome pesado, fora do seu grupo de aliados, e o fez chegar ao segundo turno.
Quem perdeu foi a família Rocha, que insistiu em brigas políticas e desidratou a candidatura do professor Minoru. Em março, o ex-reitor da Universidade Federal do Acre (Ufac) tinha 48% da preferência do eleitor. Depois caiu para 32%, se manteve líder nas pesquisas até 15 dias antes do pleito, e acabou em terceiro lugar com apenas 14,62% dos votos válidos.
A dois anos para o pleito de 2022, Sérgio Petecão e Gladson Cameli resolveram fazer a prova dos 9 agora. Apostaram todas as fichas no 11 e 40 e a roleta, caprichosamente, parou nos números escolhidos.
Major Rocha também achou que podia participar do jogo e, inexperiente, cravou tudo na casa 45. Não percebeu que o capital político dele e da irmã, Mara Rocha, era pequeno demais para o jogo de gigantes. Perdeu. E perdeu feio. Ficou sem aliados e ganhou um caminho cheio de obstáculos para trilhar até 2022. Ficou sem opção para o segundo turno após o desgaste sofrido. Não tem bom relacionamento com Bocalom e tem Socorro Neri como inimiga política.
Não foi por falta de aviso que Rocha se deu mal. Notou-se que durante muitas vezes, através da mídia, Gladson sinalizou com a bandeira branca para selar a paz. Não aceitou e pelas mesmas redes sociais o Major declarou guerra ao amigo que abraçou em 2018 rumo ao palácio Rio Branco.
Rocha sofreu um tsunami que já era previsto até pelos próprios aliados. Não quis ouvir e, por birra contra a postura do titular do Palácio Rio Branco, tomou o único caminho que o levaria à derrota. Ainda bem que rumou sozinho, pois a ninguém terá para culpar por tamanha humilhação.
E agora, pra onde ir?
Será que Bocalom ou Socorro Neri querem o seu apoio?
E, como diz a música: “E agora Major, vai para onde?”
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