O mundo inteiro acompanha com muito interesse, as eleições nos Estados Unidos da América que hoje, dia 06/11, ainda está indefinida em função de problemas com a fidedignidade do processo eleitoral que, aos olhos dos Republicanos foi fraudado para que Biden, o candidato Democrata seja eleito. A judicialização do processo de votação em muitos estados é certa.
Excluídos aqueles que ignoram qualquer fato além do prato de comida do dia seguinte, somente um néscio ou cúmplice intelectual, pode ignorar que ocorreu nos EUA nos últimos anos. Se você percebe que a mídia tradicional – Rede Globo e jornalões principalmente, alveja permanentemente o presidente Bolsonaro, tem ao menos uma idéia do que acontece por lá. É a mesma coisa. Do “aquecimento global” ao COVID, passando por racismo, homofobia, misoginia, machismo e tudo quanto mereça um “ismo” depreciativo, Donald Trump é o culpado.
Sob marcação cerrada dos Democratas, representantes da elite cosmopolita residente nos ricos estados do litoral, tanto do leste quanto do oeste, todos enfiados até o pescoço nas pautas progressistas e identitárias, Trump conseguiu até aqui resistir e manter o país nos trilhos montados pelos pais fundadores da república americana em 1776.
Apesar do inegável êxito econômico de seu governo, da maior distribuição de oportunidades de emprego entre negros e latinos na história, da retomada vigorosa do crescimento econômico até antes da COVID, do enfrentamento à China e Rússia em questões geopolíticas, da diminuição progressiva da beligerância e participação em conflitos externos, da efetiva defesa da paz no Oriente Médio, da prudência em relação ao meio ambiente, Donald Trump não foi digerido pela elite americana. Tudo, inclusive o acobertamento do envolvimento da família Biden com drogas e corrupção, foi feito pelo concerto mídia-plataformas digitais-ong’s para distorcerem a campanha eleitoral. Houve uma espécie de cancelamento do Trump operado pelo facebook e twitter, visando desequilibrar o debate, como se não bastasse a gigantesca diferença de recursos arrecadados para a campanha.
Em relação ao Brasil, Trump é aliado de primeira hora. A pauta conservadora, a defesa da vida e das liberdades individuais, aproximam-no do Presidente Bolsonaro, ou seja, o enfrentamento ao globalismo progressista engendrado pelas elites os põe no mesmo vagão histórico. Além disso, uma visão não alarmista da questão ambiental faz com que contrabalancem o discurso hegemônico nutrido por multibilionários e operado por ONG’s de toda espécie, dado que são do mesmo gênero – progressista.
Sob Trump, os EUA são ainda o mais forte bastião em defesa das liberdades individuais, da democracia e dos valores judaico-cristãos que moldaram o ocidente, o que significa nos dias atuais alinhamento político obvio com o governo brasileiro. A nação brasileira é, conforme todas as pesquisas já realizadas, majoritariamente cristã e conservadora, para desconforto daqueles que almejam restaurar a perspectiva jogada na lama pela própria esquerda enquanto governou o Brasil.
Apesar de tudo isso, há quem olhe para as eleições americanas e julgue que o resultado não nos diz respeito, que, no dizer corriqueiro, tanto fez como tanto faz. É não, otário! As eleições americanas repercutirão, direta ou indiretamente, em qualquer cafundó do planeta. Se não for por alianças militares ou econômicas, será pelo sinal que acenderá ao globalismo encarnado na pauta progressista dos movimentos identitários e coletivistas acoitados no Partido Democrata. O problema não é apenas Joe Biden e seus esqueletos no armário, seus vícios e senilidade, mas os grupos que operam sob o manto partidário. É o ocidente que está sob ataque.
Sim, não moro nos EUA, aliás, nunca lá estive, mas isso é preciso para saber que uma derrota do Trump nos atinge negativamente como nação? Dou um exemplo facinho e recente – desta semana, resumido em uma frase do candidato ao site americas quarterly. Disse o Biden “O presidente Bolsonaro deve saber que se o Brasil deixar de ser um guardião responsável da Floresta Amazônica, minha administração reunirá o mundo para garantir que o meio ambiente seja protegido”.
A frase do candidato Democrata, omitida na grande imprensa e até aplaudida por canalhas do lado de cá, tem três questões graves. Em primeiro lugar, guardião é depositário, protetor e não DONO soberano do guardado. Apenas isto seria, para um brasileiro com vergonha na cara, especialmente se ele é amazônida, suficiente para passar pro outro lado da calçada, pois constitui uma confissão de que aos olhos do Biden a Amazônia NÃO nos pertence, apenas a guardamos.
Em segundo lugar, quem é que vai julgar se somos ou não responsáveis na “guarda”? Pelo resto da frase, parece que eles mesmos – os americanos, em conluio com os europeus que, aliás, destruíram completamente suas próprias florestas, tomam para si a incumbência de julgar e, se for o caso condenar o Brasil se, por seus critérios, o governo não estiver sendo “responsável”com a Amazônia. O Brasil estaria de joelhos perante um checklist sobre seu próprio território.
Em terceiro, trata-se de uma ameaça, de uma chantagem inadmissível. Vai fazer o quê? O que significa “reunir o mundo”? Vão invadir o Brasil para nos tomar aquilo que estamos “guardando” mas não nos pertence? Seja dirigente, intelectual, jornalista, pesquisador, ou brasileiro comum, somente um cagão desavergonhado, um biltre, um vassalo ou um traidor da pátria aceitaria tal intromissão.
Portanto, acordem brasileiros, amazônidas, acreanos. A eleição americana é com você, com seu país, com sua nação, com seu território. Sim, o Biden pode vencer, dificilmente Trump superará o circo armado pelas elites americanas em todas as frentes. De Wall Street ao gueto de maconheiros, do New York Times à clínica de aborto, do Twitter ao Black Lives Matter, foram erguidas barreiras corruptas, autoritárias e violentas contra os Republicanos. Muito provavelmente teremos que experimentar as consequências de um governo americano progressista como nunca antes, e o sinal estará fechado pra nós que somos cristãos, conservadores, livres, e patriotas. God save America!
Valterlucio Bessa Campelo escreve às sextas-feiras no ac24horas