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O grito de liberdade

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Faltam dez dias pra onça beber água. Quem está ou já esteve no turbilhão de uma campanha eleitoral sabe muito bem que a passagem desses dias dura uma eternidade.


Nas minhas andanças em Tarauacá, ouvi de dona Liberdade, esposa do popular Chico Sombra, que nesse período “ou é a língua ou o beiço”. Os concorrentes de Sombra sabiam o que representava o grito de guerra de dona Libé, a cabo eleitoral querida e temida.

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Na ânsia de passar otimismo exagerado alguns candidatos a prefeito bradam por onde andam que vencerão no primeiro turno.


Os institutos de pesquisas e suas sondagens de araque estão fazendo a festa com os resultados de suas consultas inteiramente questionáveis.


Quando o jogo fica embolado, surge candidato presumindo que a “margem de erro pra cima” é a favor dele.


De promessas mirabolantes, então, nem se fala.


A campanha parece ser pra presidente da República e os recursos para financiar o tal projeto apresentado parece nascer em galho de árvore.


Confirme: salvo a candidata Socorro Neri, que disputa a reeleição e sabe que o buraco é mais embaixo, os demais ignoram completamente a crise financeira que o país atravessa.


E mesmo assim, a cartola deles está entupida de soluções fáceis.


Mesmo sabendo que a intervenção de uma prefeitura na geração de emprego e renda são mínimas, alguns candidatos, covardemente, tentam se aproveitar da fragilidade de milhares de desempregados com suas receitas milagrosas de promoção de empregos.


Até emprestar dinheiro sem juros e auxílio emergencial municipal já foram prometidos.


As necessidades do município são do tamanho extra G e as possibilidades orçamentárias tem o molde P. Engana-se quem quer se enganar pra depois reclamar em vão.

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Ao contrário do que se possa imaginar, os que mais criam falsas expectativas são exatamente os mais despreparados.


Se, de fato, se dessem ao trabalho de honestamente conhecer os limites e as amarras do orçamento municipal não invadiriam despudoradamente as casas de pessoas por meio de peças fantasiosas disfarçadas de programas eleitorais.


A minha esperança é que o eleitor não se deixe levar pela saliva pegajosa de alguns candidatos. O caminho da decepção tem a distância entre a mentira deslavada e a cruel realidade.


O eleitor tem de estar consciente que depois da confirmação do voto o arrependimento só pode ser materializado após sofridos quatro anos.



Luiz Calixto escreve todas às quartas-feiras no ac24horas.com


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