Um funcionário alertou que este não foi o primeiro caso: “aliança e relógio de outros pacientes também foram subtraídos”
Indignada, a aposentada Maria de Fátima Alencar de Lima, 55 anos, entrou em contato com o ac24horas neste sábado, 05, para relatar que teve seus pertences pessoais furtados enquanto estava internada com Covid-19 no Instituto de Traumatologia do Acre (INTO), em Rio Branco.
Ela deu entrada na unidade de saúde no último dia 20 de agosto, após sentir os sintomas do novo coronavírus (Covid-19). Como estava sem acompanhante, a paciente teve que deixar os pertences com os profissionais do hospital.
Maria de Fátima conta que ao chegar em casa, na última terça-feira, 01, após receber alta médica, questionou a família acerca dos pertences, momento que recebeu a notícia de que nada teria sido entregue para a família.
“Uma técnica disse que ela não podia entrar com nada. Foi super grossa. Pegou roupas, celular, a bolsa, que tinha dinheiro dentro e simplesmente deram sumiço em tudo. Fomos assaltados em casa pouco antes de a minha mãe dar entrada no hospital. O celular que sumiu do Into estava sendo pago, na terceira parcela ainda”, contou uma das filhas de Maria de Fátima.
A vítima conta que além do celular Samsung A10 ter sumido, todos os documentos também foram furtados. A aposentada revela que ao procurar os pertences no hospital, ouviu que os objetos pessoas haviam sumido e foi instruída a procurar a polícia. “Disseram que não tinha o que fazer. Não estamos protegidos nem dentro de um hospital com os profissionais do Into. Não tem uma seleção criteriosa para colocar funcionários lá”, argumenta.
Maria passou a manhã deste sábado na unidade tentando reaver os pertences pessoais, mas sem sucesso. “Um ‘guarda’ de lá disse que não é a primeira vez. Estão roubando tudo. Aliança de gente que está na UTI, relógio, celular. Segundo ele, com certeza minha bolsa foi só mais uma”, afirma.
A família registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia Civil acerca do sumiço dos pertences pessoais e pediu uma posição do Hospital de Campanha. “Dias 3, 4 e 5 deste mês minha mãe foi lá junto à assistente social e a mesma só disse que não tinha o que fazer. Esse é o mesmo relato de outros pacientes. Estamos aguardando alguém do Into entrar em contato e dar uma posição ou então vamos processar o hospital”, disse a filha da vítima.
Ao ac24horas, o diretor da Mediall Brasil, Antônio Carlos, responsável pela administração do Into afirmou que irá apurar os fatos. “Com relação a denúncia a Mediall Brasil irá apurar os fatos e caso proceda iremos tomar as medidas cabíveis ao ocorrido”, disse em nota.