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Médico falta trabalho e agricultora hipertensa fica sem atendimento em Rodrigues Alves

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Hipertensa, a agricultora Sandra Tavares saiu de Nova Cintra, zona rural de Rodrigues Alves, por volta das 4 horas da manhã em busca de consulta e medicamento. Chegou às 6h30 dessa quarta-feira, 2, na Unidade de Saúde da Família Padre Teodoro, a maior do município. Porém, às 9 horas ainda não tinha sido atendida porque não havia nenhum médico no local.


“Tanto esforço pra nada. A gente acorda de madrugada e vem porque não está se sentindo bem, aí não acha solução porque não tem médico. Vou ter que ficar aqui na cidade pra me consultar, mas já sei que não tem o remédio e vou ter que comprar”, desabafa a agricultora.

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Em Rodrigues Alves, há cinco médicos. Faltam 13 medicamentos na rede pública de saúde do município, incluindo os de controle de pressão alta, diabetes e alguns usados no tratamento de Covid-19.


Com relação a exames laboratoriais, a situação é ainda mais crítica. Dos 29 tipos de exames que eram ofertadas no único laboratório público de Rodrigues Alves, como básicos de colesterol, triglicerídeos e glicemia, apenas 4 são feitos atualmente. As máquinas que realizam hemogramas e exames de bioquímica estão quebradas: uma há dois meses e outra há duas semanas.


Os exames de ultrassonografia também estão suspensos no município. Na unidade Padre Teodoro, eram ofertados 40 ultrassonografias mensalmente, mas agora nem as grávidas que fazem pré-natal têm acesso ao exame de imagem porque o aparelho está quebrado.



Vitória Serra, que completou 9 meses de gravidez, conta que teve que pagar R$ 220 para fazer ultrassonografia em uma clínica particular de Cruzeiro do Sul para dar sequência ao pré-natal e esperar o nascimento do filho com segurança. ” Já paguei duas vezes porque é importante a ultrassonografia para a gente ficar tranquila no final da gravidez “, destaca.


O secretário municipal de Saúde do município, Everton da Silva Farias, explica que está correndo contra o tempo para resolver todos os problemas da pasta e alega dificuldades técnicas, jurídicas e burocráticas para a falta de medicamentos, exames e médicos.


O secretário diz que não sabia que o médico havia faltado ao trabalho nessa quarta-feira na USF Padre Teodoro, e que ainda terá que fazer licitação – com prazo de 30 dias – para a compra de medicamentos, mesmo prazo previsto para a solução da falta de exames.


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