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A voz dos grotões contra o coronelismo  

Na eleição deste ano para a prefeitura de Tarauacá o dualismo entre os Damascenos e Vitorinos, grupos que vêm se sucedendo no comando da prefeitura do município há décadas, pode ser quebrado. Um nome que veio dos grotões, filho de lavadeira, foi vendedor de quibe, catava alumínio na rua para vender, e boa parte de sua vida foi como engraxate, vem sendo a grande surpresa deste período pré-eleitoral do município, aparecendo com destaque em todas as pesquisas internas até aqui realizadas para prefeito, trata-se de uma figura miúda, mas dono de um conceito muito alto: Abdias da Farmácia (DEM). É o nome apoiado pelo deputado federal Alan Rick (DEM). Contou ontem um experiente político que o Abdias é uma espécie de “médico dos pobres”. É geralmente a ele que recorrem os ribeirinhos e o pessoal da zona rural em caso de doença, e a faixa mais pobre dos moradores da área urbana. Tem um nicho eleitoral segmentado em outras vertentes que podem lhe render votos, além da camada mais humilde do eleitorado, como os membros da União do Vegetal, é maçom e bem relacionado na sociedade. Resolvi escrever este texto depois de ouvir opiniões de políticos que vão da esquerda à direita. O Abdias será a voz dos grotões na eleição a prefeito de Tarauacá. A eleição tem disso, de repente surge uma candidatura que abala o coronelismo e vira moda eleitoral.


MEU PIRÃO PRIMEIRO


O prefeito de Cruzeiro do Sul, Clodoaldo Rodrigues, colocou ainda mais pimenta no prato da sucessão municipal. Declarou na primeira reunião com o secretariado que, se o ex-prefeito Ilderlei voltar ao cargo tem seu apoio para a reeleição. Mas, caso contrário defende uma coligação do PROGRESSISTAS com o MDB, tendo ele de vice do candidato Fagner Sales (MDB).


PEDRA NO CAMINHO


Mas há uma pedra neste caminho. Neste caso o MDB teria que tirar o PSDB de tempo, que indicou o vice na chapa do candidato a prefeito Fagner Sales (MDB). O problema é que, a quebra do compromisso significaria de pronto o rompimento com o PSDB, sem razão.


CANDIDATURA PRÓPRIA


O deputado Nicolau Junior (PROGRESSISTAS) defende ardorosamente uma candidatura própria do partido a prefeito de Cruzeiro do Sul e já amarrou uma aliança com o PSD do senador Sérgio Petecão. Aguarda apenas o desfecho do ex-prefeito Ilderlei Cordeiro para deslanchar o processo.


ROCHA NÃO ACREDITA


O vice-governador Major Rocha (PSL), que mesmo tendo saído do PSDB, ainda mantém laços com os tucanos, onde sua irmã Mara Rocha (PSDB) é figura de proa do partido, na sua avaliação, ele não acredita que o ex-prefeito Vagner Sales (MDB) venha tirar o PSDB da chapa.


OUTRO COMPONENTE


Há outro componente neste debate. O grupo do Ilderlei Cordeiro, que é forte no PROGRESSISTAS, estando ou não no poder, jamais entraria num composição para apoiar a candidatura do Fagner Sales (MDB) a prefeito de Cruzeiro do Sul. São adversários ferrenhos.


FAKE NEWS


Sem nenhum fundo de verdade a boataria espalhada em Epitaciolândia de que, por conta de pendências no TCE, o prefeito Tião Flores não poderá disputar a reeleição. Só não será se não quiser. As decisões do TCE não possuem força jurídica para impedir alguém de ser candidato.


BUSCANDO A VICE


Chegou informação ao BLOG de que o deputado Vagner Felipe (PR) está tentando colocar a ex-deputada federal Antônia Lúcia (PR), como vice na chapa da prefeita Socorro Neri (PSB).


CANDIDATURA MANTIDA


O PDT parece que desta vez não está no jogo para barganhar uma vice em uma das chapas bem situadas na disputa da prefeitura de Rio Branco. O deputado Luiz Tchê (PDT) se especializou em indicar vices, mas desta feita deve ir de Jefferson Barroso (PDT) para a PMRB.


CHAPA MANTIDA


Independente de qualquer cenário o senador Sérgio Petecão (PSD) deverá manter a candidatura do ex-deputado federal Henrique Afonso (PSD) a prefeito de Cruzeiro do Sul. Mas abriu campo para uma coligação com o PROGRESSISTAS.


 NÃO DEU CERTO


O MDB esperava que o TRE-AC definisse uma eleição entre os vereadores para a escolha do prefeito, porque neste caso tinha como ganhar a votação e pôr alguém de confiança do grupo como prefeito de Cruzeiro do Sul. É da lei, e não se sabe o motivo da não aplicação.


GOLPE NO PT


O presidente do PT, Cesário Braga, foi o grande derrotado nesta decisão do Marcelo Siqueira (PT) abandonar a candidatura a prefeito. Cesário sempre jogou as suas fichas de que Marcelo manteria o nome. Resta ao PT, buscar outro nome a prefeito para apoiar em Cruzeiro do Sul.


NÃO DESCARTARIA


O governador Gladson Cameli fala muito em ser candidato à reeleição, em 2022. Mesmo com esta afirmação, não duvidaria nada se chegando na hora de decidir venha optar pelo Senado.


CARTA NA MANGA


Aliados do ex-prefeito Vagner Sales acham que ele não pensaria duas vezes caso o Ilderlei Cordeiro voltasse à prefeitura e engrossasse a disputa pela prefeitura, em retirar a candidatura do filho Fagner Sales (MDB) para substituir pela filha e deputada federal Jéssica Sales (MDB).


TIDA COMO IMBATÍVEL


A deputada federal Jéssica Sales (MDB) é tida como imbatível caso estivesse disputando a prefeitura de Cruzeiro do Sul. Jéssica é hoje o grande nome do partido no Juruá.


QUESTÃO DELICADA


A questão mais delicada na composição de uma chapa para prefeito é a escolha do vice. Primeiro tem de ver o perfil do nome, se nunca esteve envolvido em crime eleitoral, como é visto na sociedade, se é um barraqueiro, porque se o candidato a prefeito escolher mal um vice poderá estar criando um problema sério para os quatro anos de mandato.


DORMIR COM O INIMIGO


Um vice mal escolhido seria como dormir quatro anos com o inimigo.


TERRA DE MURO BAIXO


E, em Rio Branco a terra é de muro baixo, todo mundo conhece todo mundo, principalmente, os mais expostos, que são os políticos. A escolha do vice é como escolher marido ou mulher.


PRAZO ENCURTANDO


Os partidos terão que estar com as chapas formadas até 16 de setembro, data limite para a realização das convenções municipais e oficializar as candidaturas. O prazo se inicia dia 31.


SEM O GLAMOUR


Com a pandemia da COVID-19, as convenções municipais deverão ser através da mídia eletrônica, não terão este ano o glamour das torcidas organizadas numa grande festa.


FALTA CONFIANÇA


O senador Márcio Bittar (MDB) enfrenta dois problemas para fechar uma aliança do seu partido com o Gladson Cameli, para 2022: a primeira é que o MDB é visto como inconfiável em setores importantes do governo, e o segundo é que o Bittar não tem o comando do partido.


MAIS UM DADO


Acrescente mais um dado: às lideranças do MDB também não confiam no Gladson Cameli.


FADADA AO FRACASSO


Qualquer conversa dentro do MDB que não passe pelo presidente e deputado federal Flaviano Melo (MDB), que é quem tem as rédeas partidárias, tende ao fracasso. O Márcio sabe disso.


IMPRESSÃO QUE PASSA


O afastamento entre o senador Sérgio Petecão (PSD) e o governador Gladson Cameli aumenta a cada dia que passa. Faz bom tempo que nem trocam telefonemas. A situação se agravou com a decisão do senador Petecão de manter o apoio à candidatura do Tião Bocalom (PROGRESSISTAS), o que levou o governador até pedir o afastamento do PROGRESSISTAS.


ESTAMOS BEM ASSIM


O senador Sérgio Petecão (PSD) parece não estar muito preocupado com a situação, costuma dizer que está bem assim: “nem ele me liga e nem eu ligo para ele”. E a vida segue o curso.


NÃO HÁ COMO SEGURAR


A aumentar o número de contaminações pela Covid-19 não há outro caminho de que não seja o de voltar à faixa laranja, e com ela a restrição de algumas atividades não essenciais.


FRASE MARCANTE


“Em política, sempre é preciso deixar um osso para a oposição roer.” Joseph Joubert.


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