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Falta de policiamento na divisa entre o Acre e AM favorece a ação de ladrões de gado na BR-317

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Nesta semana, o ac24horas noticiou o furto de gado em um fazenda na BR-317, sentido Rio Branco/Boca do Acre. Os ladrões levaram 20 vacas e 29 bezerros, causando um prejuízo estimado de mais de R$ 88 mil ao pecuarista. Acontece que esse roubo não é um fato novo na região. Pelo contrário, tem se tornado uma triste rotina na localidade. Os proprietários rurais da região têm sofrido com a ação de uma quadrilha especializada neste tipo de crime. Diversas propriedades rurais já foram assaltada.


A reportagem conversou com alguns moradores e produtores da região que são unânimes em dizer que a faixa de terra por ser de divisa falta policiamento. “Na parte que vai da Vila Caquetá até a primeira terra indígena, já no Amazonas, é muito complicado. Quem tem área rural nessa terra sabe que o problema é sério. O Amazonas não mostra interesse nessa região, afinal está muito longe de Manaus. Já do lado acreano, a falta de efetivo da Polícia Militar que não consegue dá conta nem de Porto Acre torna a vida da gente que é trabalhador mais difícil”, afirma um produtor rural da região que prefere não se identificar.

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O medo é que há a suspeita de que o gado furtado do outro lado da divisa tenha sido trazido e escondido na região do Caquetá, em território acreano. Os suspeitos do furto seriam conhecidos já na região pela prática de outros crimes da mesma natureza. “Eles são perigosos. Atuam nessa região, não só com furto de gado, mas também tem envolvimento com tráfico de drogas”, conta outro morador da região.


O último pecuarista furtado passou a sofrer ameaças e para ir até sua propriedade, contratou seguranças.


O delegado de Porto Acre, Nilton Boscaro, considerado um dos melhores profissionais da Polícia Civil, explicou que como o furto aconteceu em terras amazonenses, o inquérito está sendo conduzido pela delegacia de Boca do Acre. “Como houve notícia que esse gado veio para o Acre, foi instaurado um processo de investigação criminal para apurar a possível receptação desse gado. Estamos diligenciando ainda no local e trabalhando com as técnicas de investigação que é possível”, diz o delegado.


Apesar da posse recente de novos delegados, Boscaro ainda é um dos profissionais que precisa atender mais de uma delegacia. Além de ser o titular da 5ª regional, que envolve uma grande região formada por diversos bairros da parte alta da cidade como Adalberto Sena, Raimundo Melo, Tancredo Neves e Xavier Maia.


“Infelizmente, eu estou acumulando as funções da 5ª Regional, que já é uma delegacia grande, com a delegacia aqui de Porto Acre. Eu costumo dizer que estou responsável pela área do Igarapé São Francisco até a divisa com o Amazonas, o único delegado. Em 2010, éramos 4 delegados e agora estou sozinho. Quanto à investigação, está em curso. Estamos trabalhando para tentar identificar essas pessoas”, afirma Boscaro.


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