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Por que não a hidroxicloroquina?

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Senador Marcio Bittar


A pandemia do Covid-19 está nos deixando uma importante lição: o pânico e a soberba são maus conselheiros. A imprensa fornece doses cavalares de alarmismo. Placares de mortes são martelados dia a dia. Gerar medo e pânico na população em nada ajuda o enfrentamento racional do problema. Atitudes, leis e ações públicas, todas com base na ciência, é o que dizem, não surtiram os efeitos desejados até o momento.

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Ademais, observa-se imensa confusão de informações, contrainformações, contradições, dados contestáveis e chutes apocalípticos sendo usados para guiar cegos. Ciência, então, virou palavra da moda. Tudo feito em nome da tal ciência; um ente abstrato infalível aos olhos crentes. Pura manipulação da opinião pública.


Qualquer manual sério de metodologia científica mostrará que a dúvida é motor de avanços. Apego a dogmas é degenerescência e manipulação de dados um câncer sempre presente. Não há ciência sem a devida dissecação dos dados. Previsões estapafúrdias, arruinadas pela realidade, devem ser evitadas. Sabe-se pouco sobre o vírus e a humildade deve ser a nossa conselheira. Devemos ter apego à verdade, aos fatos e aos dados mensuráveis.


Exemplo máximo de irracionalidade soberba travestida de ciência foi tomar o isolamento social como panaceia. No início, era apenas para retardar a contaminação até que houvesse estrutura médica para atender pacientes contaminados. Depois, virou pura fé despertando militantes. Fiquem todos em casa foi mantra entoado por celebridades em suas confortáveis casas. Agentes de segurança chegaram a prender cidadãos comuns em parques e nas ruas. E a doença avançou independente do pseudo ovo de Colombo do isolamento social.


A decisão pelo estapafúrdio acabou por gerar a destruição da economia e instaurou uma recessão profunda, que, certamente, matará muito mais que o vírus. A arrecadação de impostos caiu dramaticamente. O déficit fiscal explodiu com o necessário aumento das despesas para dar conta dos desvalidos do isolamento. O país levará bons anos para sair do buraco. Milhões de pessoas já estão sofrendo com o desemprego, com a queda da renda e com a pobreza. São velhos problemas nacionais sendo agravados e multiplicados por doses cavalares do inútil remédio do isolamento social.


Outro episódio por demais vergonhoso foi a politização do uso da hidroxicloroquina. Trata-se de remédio antigo, já amplamente testado e seguro. A própria OMS agiu como biruta de aeroporto sobre o caso. O remédio é vilão para uns e herói para outros. Quanta irracionalidade! Politizaram o que deveria ser decisão do médico com o aval do paciente. A realidade foi se impondo. Se o remédio tem alguma eficácia contra o vírus, por que não fazer uso?


O parlamentar tem sempre que ouvir as pessoas, consultar os especialistas e auscultar as demandas dos seus representados. O que ouço sempre, dentre outras mensagens, são pedidos para que o governo do Acre adote protocolo que permita o uso da hidroxicloroquina já nos casos iniciais de sintomas. Falam, também, que o remédio sumiu dos hospitais e das farmácias. Acho reivindicações muito razoáveis: liberdade para os médicos prescreverem e os pacientes utilizem e acesso ao medicamento.


Recentemente, em conversas e reuniões técnicas, especialistas me alertaram que a prescrição da hidroxicloroquina nos protocolos de tratamento é um dos principais fatores nas diferenças de resultados entre os estados. Os oito estados brasileiros com o maior número de mortes por infectados não adotaram o uso da hidroxicloroquina ou só o fizeram em pacientes que já apresentavam estágio grave e avançado da covid-19. Estados que aderiram ao uso da hidroxicloroquina nos seus protocolos estão entre os dez que mais êxito obtiveram no tratamento com o menor número de mortos por infectados.


Não há razão para que o governo não possa avaliar mais detidamente e equilibradamente a adoção de protocolo permitindo o uso do remédio já no início do desenvolvimento da doença. Fatos sugerem que tal atitude irá salvar vidas, portanto ela é urgente e necessária.


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