“Prato feito” servido por Normando Sales ao governador azedou
A declaração pública de apoio do governador Gladson Cameli a prefeita Socorro Neri deixou muitas pontas soltas para serem explicadas por este blog que atualiza uma vez na vida e outra na morte. Durante a apresentação da evolução da obra do Shopping Popular na terça-feira, 23, que deve ser inaugurado em agosto, Cameli desabafou e soltou uma frase emblemática: “não vou aceitar prato feito de ninguém”.
Curioso por natureza, este blogueiro se aprofundou no assunto na busca de saber que o Cameli falava e acionou três figuras que orbitam os corredores do Palácio: a língua de trapo, a alma penada e a pulga pingente, três codinomes para informantes da turma do fuxico governamental que sabem mais coisas de que até Deus duvida. Eles sabem inclusive a lista de amantes de aliados nomeadas. Eles são bons!
A informação foi uníssona: “prepararam uma armadilha para o governador” — “o prato feito azedou” — “a banca foi virada”.
Explico: o desabafo de Gladson Cameli e a inclinação de apoiar uma candidatura fora de seu grupo político contraria vários interesses. Segundo as fontes palacianas, como o governador se dedicou ao trabalho da pandemia acabou deixando as articulações políticas de lado e o que acabou ocorrendo é que apresentaram um prato feito a ele para as eleições de 2020 na capital tendo como “mistura” o ex-prefeito de Acrelândia, Tião Bocalom, aliado visto como não confiável pelos principais assessores do Palácio.
Ocorre que Cameli jamais teria convidado o velho Boca para ser candidato. “O que o Gladson fez foi convidar o Bocalom para o governo e só, mas alguém deu corda no Bocalom para ele deixar a Emater para ser o candidato do grupo político do governador sem ter conversado com o homem da caneta”.
Dai fiquei a me perguntar: Quem teria dado corda para Bocalom ser candidato?
A resposta é simples: Normando Sales, membro do Conselho Político do governador, ex-prefeito de Sena Madureira e ex-deputado estadual.
Este blog apurou que, quando o conselheiro de Gladson foi convidado para compor o governo, foi posto que ele se despisse de qualquer partido ou influências externas para ajudar o novo governo nas articulações políticas. Acontece que Normando é da cozinha de Bocalom desde muito tempo. Em vez de ser fiel a Cameli, foi fiel a Bocalom, o que deve gerar uma “dor de barriga” daquelas nos próximos dias.
Sales teria sido o principal articulador, chegando a influenciar o governador a dá carta para branca para que o senador Sérgio Petecão (PSD) articulasse alianças na capital. Toda essa movimentação teria chegado aos ouvidos do chefe do executivo que não gostou nada da história. A situação está tão tensa que Sales teria sido convidado para ajudar o Cameli em duas oportunidades em Cruzeiro do Sul, mas nunca atendeu o pedido para se dedicar as tratativas em Rio Branco.
Cameli teria dito a assessores próximos, longe dos ouvidos do Normando, que “essa patifaria ia acabar”.
O problema é que o desgaste com aliados está longe de chegar ao fim, mas se tem uma coisa que Gladson tem na mão é a caneta e segundo a língua de trapo, a alma e a pulga, o conselho político pode ser implodido a qualquer momento, a não ser que surja um bombeiro do céu.
Os dias de Normando no governo Cameli podem estar com os dias contados e pelo que se apura reacendeu no coração do governador a vontade até mesmo de trocar de partido se o Progressista não se alinhar.
A rebelião Progressista em lançar candidato sem o aval do governador foi a gota d’água. As lideranças estão divididas: uns vão com o governador para qualquer lugar, mas outros como Bestene e até mesmo a senadora Mailza Gomes já acenaram com a candidatura própria de Bocalom, o que desagrada e muito o governador.
O interessante é que Bocalom não vai se manifestar sobre o assunto e nomeou três pessoas para falar em seu nome: o senador Sérgio Petecão, a senadora Mailza Gomes e o deputado José Bestene.
Em paralelo à guerra progressista, um movimento deve embalar a política nos próximos dias. Chateado, Cameli teria chamado o seu vice, Major Rocha, para uma conversa. Dizem que deve ser uma resenha divisora de águas. É esperar para ver…
Enquanto isso, o japonês come pipoca com guaraná vendo tudo isso de longe.
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