Estado apresenta plano dividido em “zonas de risco” para flexibilizar medidas restritivas

No início da tarde desta sexta-feira, 12, o governo do Acre iniciou uma reunião virtual com a classe empresarial, prefeitos e membros do judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas para apresentar o “Plano de Convívio Sem Covid-19″, que vista criar uma estratégia de atuação no Estado com intuito de flexibilizar o decreto de isolamento social, mas seguindo regras rígidas para que os índices da pandemia não se descontrolem.
A apresentação da proposta governamental ficou a cargo do secretário de Planejamento, coronel Ricardo Brandão, que enfatizou que o plano é um esforço conjunto de todas as instituições, sendo baseado em estudos técnicos.
“A ideia é que a gente possa construir uma estratégia, um trabalho, onde a gente possa ter um foco, um ponto de equilíbrio com foco no Estado, com foco na saúde e com foco na economia visando garantir controle, estabilização e redução dos níveis de pandemia. Nós chegamos num estágio de contaminação que chama a atenção e que requer uma postura diferenciada do poder público. Nesse sentido, temos que ter um planejamento que faça e reflita os anseios da sociedade, reflita os conceitos da coletividade no que tange na manutenção de um estado de saúde adequado, mas que também tenha um olhar voltado para a situação da economia, para a situação das atividades empresariais como um todo”, explicou.
Brandão enfatizou que o plano procura um caráter técnico e que levou em conta, posicionamentos de técnicos da Universidade Federal do Acre, Ministério Público e diversas áreas da ciência e tecnologia para subsidiar a ação de governo. “Será iniciado um plano sistêmico que será trabalhado diariamente como primordial na preservação de vidas, mas também na preservação do direito da manutenção da renda e da economia das famílias e das empresas. A preocupação é garantir uma retomada gradual e responsável para o ambiente de normalidade por fases e setores da economia, baseados sempre em dados e evidências objetivas. Neste momento nós estamos ainda no foco do enfrentamento a pandemia e nós já estamos começando a conversar sobre o segundo estágio, avanço no combate ao covid-19.”, argumentou o secretário reforçando que todas as orientações levarão em conta as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Durante a exposição, o governo do Acre definiu alguns critérios básicos para a implementação da nova metodologia como foco primário voltado para o controle e redução de novos casos instituindo índices para novos casos positivos, a quantidade de testagens, a quantidade de internações e a quantidade de óbitos que servirão de parâmetros para avanço no modelo de gerenciamento levando em conta também o índice de isolamento social. A secretaria de Planejamento reforça que o plano de contingenciamento dos municípios acreanos precisam estar alinhados com o plano estadual. “A ideia é que Estado e municípios falem a mesma língua e adotem as mesmas medidas”, frisou.
Para o secretário, o Estado deverá ter como parâmetros as cores vermelha, laranja, amarela e verde para definir através delas como cada região do Estado deve se comportar. O gestor enfatizou que atualmente o Estado está na zona vermelha e que de forma decrescente, com os níveis de cores ficando mais amenas, as atividades comerciais poderão retornar. De acordo com o governo, essas cores significam o estágio da pandemia em cada região do Estado.
“Hoje dentro dessas fases o vermelho é que nós estamos hoje já. Ai as próximas fases serão laranja, amarelo e verde, elas mudarão a medida que for mudada a transmissibilidade do vírus e de disponibilidade de estrutura de saúde e de testes. Para cada uma dessas fases serão autuados um conjunto de estabelecimentos empresariais que poderão funcionar e como estamos na fase da construção do plano, nesta semana e na próxima, nós iremos nos reunir com o pessoal da área empresarial para apresentar o cronograma”, explicou o secretário.
Questionado pelo presidente da Associação Comercial do Acre, Celestino Bento, se as atividades já seriam liberadas a partir de segunda-feira, 16, o secretário descartou essa possibilidade. “Observando o cenário que temos no momento e fazendo um ensaio com a metodologia, a gente percebe que até segunda-feira não existe ambiente de reabertura. Estamos trabalhando na metodologia, trabalhamos o dia todo. Vamos ficar ao longo do final de semana e a segunda-feira também amadurecendo a proposta. A gente vai fazer os testes e ensaios na semana que vem após as reuniões com todos os segmentos envolvidos e como estamos no pico de aumento dos casos infelizmente e se baseando em dados científicos, não existe parâmetro para liberação na semana que vem”, enfatizou.

Na noite deste sábado, 25, um grupo de moradores e comerciantes da Avenida Getúlio Vargas, próximo ao igarapé São Francisco, realizam um bloqueio na via principal cobrando ajuda financeira do poder público devido a cheia do igarapé São Francisco que transbordou ocasionando inúmeros prejuízos.
De acordo com um dos manifestantes identificado por Novas, o ato é pacífico e busca apenas chamar atenção das autoridades. “Queremos uma ajuda, linha de crédito, porque a gente perdeu tudo”, reclamou.
Novas disse ainda que a proposta da Associação Comercial do Acre (Acisa) em fazer a isenção do IPTU e outros impostos não contempla os comerciantes. “Queremos que nos ajude, muitos não tem como recomeçar”, declarou.
O estado do Acre segue com quatro pontos de interdição na tarde deste sábado, 25, após as fortes chuvas que causaram inundação em cidades do Alto Acre, Baixo Acre e Vale do Juruá.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), há uma interdição total e três parciais pela BR-364. No Km 95, na estrada do aeroporto, em Rio Branco, a interdição é parcial, uma vez que há apenas um trecho da rodovia imersa. Lá, o tráfego segue somente a veículos de grande porte e caminhonetes. Ainda não há previsão para liberação da estrada e equipes da PRF estão no local.
No Km 102, nas proximidades do Quinoá, a interdição é total, uma vez que houve rompimento da rodovia. O tráfego foi suspenso e não há previsão para liberação. O Dnit começou neste sábado às obras no local e a previsão para conclusão do serviço é de 3 meses.
De acordo com a PRF, há uma rota alternativa no km 95: Rio Branco > AC-40 > Senador Guiomard > BR-317 > BR-364 (entroncamento, 4 Bocas) > Porto Velho.
No km 142, em Rio Branco, a interdição total, pois há erosão de parte da rodovia no sentido crescente (Ponte do São Francisco). O tráfego foi suspenso, porém segue na faixa decrescente, sinalizada do Km 141 ao 142. Por enquanto, sem previsão para liberação. Há ainda uma rota alternativa pela faixa no sentido oposto.
No km 179, em Sena Madureira, a interdição é parcial, pois há um trecho da rodovia imersa. O tráfego vem ocorrendo somente a veículos de grande porte e caminhonetes. Não há previsão para liberação da via.

Na manhã deste sábado, 25, uma pequena cratera se abriu na Ponte do Custódio Freire, que fica sobre o Igarapé São Francisco, na estrada que dá acesso ao Aeroporto de Rio Branco e ao município do Bujari.
Segundo relatos apurados pela reportagem do ac24horas, o buraco se abriu no sentido bairro/aeroporto e, devido ao risco de agravamento da situação, a passagem de veículos foi interrompida.
Uma equipe da Polícia Militar já está no local e isolou a área.
ASSISTA AO VÍDEO:
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Idoso tenta passar com carro em alagação e é amarrado para não ser levado pela correnteza

O representante comercial Jair Silva, de 35 anos, levou um susto hoje pela manhã ao receber uma ligação avisando que seu pai estava agarrado a um poste de energia na tentativa de não ser arrastado pela forte correnteza do Igarapé São Francisco, que transbordou inundando a Avenida Getúlio Vargas, em Rio Branco.
Segundo informações de Jair, o idoso achou que conseguiria trafegar pela avenida, que está alagada, e acabou boiando na correnteza. Não restando outra alternativa, o homem pulou do interior do veículo e se agarrou ao único ponto que não flutuava no local; um poste de energia.
Funcionários do Instituto de Educação Lourenço Filho flagraram o desespero do homem que, mesmo agarrado ao poste, tinha dificuldade para se segurar diante da correnteza. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas diante da demora, uma mulher que a reportagem não conseguiu identificar pulou na água e amarrou a vítima ao poste até que ele fosse retirado de lá. Mais tarde, com o pai já em segurança, Joel diz ter levado 40 minutos para conseguir amarrar o carro também ao poste.
Já durante a tarde, voluntários com cordas, e carros altos ajudaram na retirada do veículo.
Veja o vídeo:

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