A imagem que ilustra esta reportagem causa impacto. É um registro feito no Pronto-Socorro de Rio Branco no último sábado, 6. São corpos de pessoas que morreram vítimas da Covid-19.
Até agora, já foram 211 vítimas fatais da doença no Acre. Atualmente, um dos principais problemas da saúde pública para conseguir salvar vidas é a falta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Rio Branco, onde está concentrado quase 57% dos casos confirmados da doença no Acre. Dos 8.127 diagnósticos positivos, Rio Branco abriga 4.629 casos.
São diários os relatos de famílias que reivindicam uma vaga em uma UTI para um familiar. Na capital acreana, existem 38 leitos de UTI na rede pública. Segundo números divulgados pela própria Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre), os 10 leitos do pronto-socorro estão todos ocupados. A situação na unidade de saúde é tão complicada que não há vagas nem nos leitos clínicos, já que todas as 57 vagas disponíveis para esse tipo de internação também estão com 100% de ocupação.
A situação no INTO em Rio Branco também é preocupante. Na unidade de saúde onde existem 28 leitos de UTI, 27 estão ocupadas. Os leitos clínicos estão com um percentual de 80% de ocupação, já que 16 dos 20 estão com pacientes.
Para tentar amenizar a situação, o governo constrói dois hospitais de campanha, um em Rio Branco e outro em Cruzeiro do Sul, o que deve ajudar a desafogar a busca por vagas em leitos de enfermaria ainda este mês.
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