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Prática de soltar pipa tira o sono de moradores do Adalberto Sena

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Thais Farias

Soltar pipa ou ‘pepeta’ deixou de ser um momento de diversão e se tornou um problema para parte dos moradores do bairro Adalberto Sena, em Rio Branco. Ruas próximas à Igreja Católica Santa Luzia lotam de jovens e adultos praticantes da modalidade diariamente. No entanto, o que era para ser uma brincadeira saudável acabou atrapalhando e invadindo a privacidade dos moradores, segundo denúncia recebida pelo ac24horas. Um casal de idosos aposentados, por exemplo, decidiu colocar a residência à venda porque toda semana precisam pagar um técnico para arrumar a cerca elétrica danificada pelas pipas.


O problema é tamanho que alguns moradores decidiram se unir e garantem procurar o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) em busca de uma solução. “Não aguentamos mais as pessoas soltando pepeta na frente de nossas casas. Além de estarmos reféns do coronavírus, sem sair de casa, não podemos ficar nem na área da frente porque eles jogam pedras nos nossos telhados pra retirar pipas e danificam nossa fiação elétrica”, conta uma moradora.


Segundo a denúncia, há dias em que ficam até mais de 200 pessoas pelas ruas soltando pipa. Um detalhe apontado pela moradora é que todos parecem ser muito bem remunerados financeiramente, uma vez que chegam em carros de luxo ao local, como caminhonetes Amarok. “E isso acontece todos os dias, mas aos finais de semana é pior. Nós pedimos ajuda porque não sabemos mais a quem recorrer. Como a maioria que vem soltar pipa parece ter um alto poder aquisitivo, isso acaba atraindo criminosos que cometem assaltos. Essas pessoas eram para estar em quarentena em casa e não na rua”, salienta.


A mulher garante que já chamou os rapazes que soltam pipa para conversar e explicar o que estava acontecendo, que se sentiam incomodados, mas, segundo ela, de nada adiantou. “Eles urinam nas nossas calçadas. Um deles chegou numa Amarok de cor preta, colocou o órgão genital pra fora e fez xixi na árvore, enquanto minhas filhas crianças estavam brincando na área”.


Os moradores reclamam que frequentemente ficam sem energia elétrica por conta da brincadeira. “Final de semana passado ficamos dois dias com queda de luz. A própria Energisa diz que não sabe mais o que fazer. Eles precisam ser acionados todo dia. O carro da Energisa vive aqui e não é cortando luz não, é arrumando o que esses meninos fazem porque a linha que eles usam é uma linha chilena. Isso virou um problema sério”, lamenta.


Um senhor de 78 anos está com o joelho e a perna feridos depois que enganchou numa linha de cerol em frente a sua casa e caiu. “Eles não estão nem aí, encostam o carro, ficam bebendo, ligam som alto e ficam até a noite. São muitos vizinhos incomodados com isso. Nossas casas estão cheias de pedras no telhados. Vamos procurar o Ministério Público”, afirma.


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Thais Farias

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