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Homens são mais de dois terços das mortes por Covid-19 no Acre

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Pela faixa etária, idosos também são maioria entre os que não resistem às complicações da doença


Um estudo publicado na revista científica Frontiers in Public Health diz que homens e mulheres são igualmente propensos a contrair o novo coronavírus, mas os primeiros têm mais chances de sofrer efeitos graves da doença e vir a falecer.


No Acre, onde 78 pessoas já sucumbiram ao vírus, a tendência demonstrada pela pesquisa se confirma. Desse total, 54 (69%) óbitos ocorreram no sexo masculino e 24 (31%) no sexo feminino, segundo dados mais recentes do Departamento Estadual de Vigilância Epidemiológica.

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Nos grupos estudados pela pesquisa, mais de 70% dos pacientes que morreram eram homens, o que significa que eles têm quase 2,5 vezes a taxa de mortalidade de mulheres, praticamente a mesma verificada nos números da realidade acreana.


Em nível nacional, desde o começo da pandemia da Covid-19, também morrem mais homens do que mulheres pela doença. Para cada dez pessoas que vão a óbito pelo novo coronavírus no Brasil, seis são homens e quatro são mulheres, assim como ocorre na Espanha.


O estudo afirma que mais pesquisas são necessárias para determinar exatamente por que os homens com Covid-19 tendem a piorar mais do que as mulheres. Ainda assim, a constatação pode ter implicações importantes no atendimento ao paciente.


Publicação da revista Exame diz que para descobrir os motivos exatos para a maior taxa de mortalidade entre os homens com Covid-19, os governos e hospitais do mundo todo precisariam compartilhar mais dados sobre os mortos pela doença, o que ainda não ocorre.


Já um informe recente do Istituto Superiore di Sanità, da Itália, diz que há evidências de que existem diferenças de gênero na infecção, no tratamento e na gravidade dos casos em relação à Covid-19. A publicação italiana aponta três hipóteses para essa diferença significativa:


Maior tendência dos homens a fumar (fator de risco para contrair a infecção e desenvolver um quadro clínico mais sério da doença);


– Mulheres têm como hábito dedicar um tempo significativo da rotina à higiene pessoal;


– Possível resposta imune, inata e adaptativa, mais rápida e eficaz em mulheres do que em homens.


A pandemia no Acre

Outros dados importantes sobre a pandemia no Acre são quanto a faixa etária e comorbidades. Dentre os 78 óbitos, 78 deles tinham alguma comorbidade e 22% das pessoas que evoluíram para o óbito não tinham histórico de doenças preexistentes. Quanto à idade, 66,7% dos óbitos (52 casos) ocorreram em pessoas acima dos 60 anos.



As notificações para o novo coronavírus no Acre começaram a ocorrer a partir do dia 2 de março, seguindo até o dia 15 em média com 2 notificações diárias. Após a confirmação dos primeiros casos as notificações aumentaram significativamente. No Estado até o momento são 9.800 casos notificados, tendo sido 5.144 (52,5%) casos descartados, 3.103 (31,7%) confirmados e 1.556 (15,9%) seguem aguardando resultado de exame laboratorial por PCR.


Nos últimos dias, de acordo com a análise dos casos acumulados, vem ocorrendo um aumento significativo no número de casos confirmados, sendo que no dia 11 de maio ocorreu o registro do maior número de casos (323). Atualmente, o Acre tem o registro de 78 óbitos por covid-19, que ocorreram entre os dias 6 de abril a 21 de maio.

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A incidência da doença no Acre é de 351,8 casos por 100.000 habitantes, sendo que os municípios de Plácido de Castro e Acrelândia apresentam as maiores incidências do estado com 678,1 e 648,9/100.000 habitantes, respectivamente.


Quanto à distribuição geoespacial dos casos confirmados no Acre, 22 municípios, 19 (86,4%) apresentam casos positivos da doença. No município de Rio Branco estão concentrados 67,9% dos casos do estado. Apenas Jordão, Manoel Urbano e Porto Walter ainda não registram casos de covid-19.


No Brasil e no mundo

O novo coronavírus já contagiou globalmente mais de 5 milhões de pessoas e, considerando os números da Universidade Johns Hopkins, 330 mil morreram por complicações da covid-19. No Brasil, o número de casos é acima dos 310 mil e as mortes ultrapassaram 20 mil nesta quinta-feira, 21.


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