Preocupados com o afrouxamento do isolamento social praticado por muitos acreanos, três entidades médicas locais resolveram emitir uma carta ao governo do estado e demais poderes públicos nesta sexta-feira (1º). Para a classe médica, o governo do Estado precisa garantir a quarentena, de fato, o distanciamento social ou pode haver um colapso em todos os serviços de saúde e aumento de mortes.
Os médicos pedem que os gestores deem um jeito de endurecer as medidas já impostas, até com aplicação de multa em caso de descumprimento, maior limitação ou até o fechamento de acesso a espaços públicos e estabelecimentos comerciais. “Com a concentração de pessoas em plataformas do terminal urbano, e a constante imagem de filas quilométricas na frente de bancos, é fundamental que haja maior controle social, com penalidades severas, em caso de aglomeração em pontos de ônibus, punindo gestores e empresários que permitam o acúmulo de pessoas, com base na infração às normas sanitárias”, pedem os profissionais de saúde.
Os membros do Sindicato dos Médicos do Estado do Acre (Sindmed-AC), o Conselho Regional de Medicina do Estado do Acre (CRM-AC) e a Associação dos Médicos do Acre (Amac) garantem que caso não haja maior controle, será necessário o prolongamento da quarentena, resultando em um estrangulamento econômico de todos os setores e um colapso de todos os serviços, podendo existir um cenário nunca visto no Acre.
“O momento é de cooperação. Pedimos a toda a sociedade o apoio na fiscalização de todos os serviços públicos, com o encaminhamento de denúncias, além da criação de uma corrente solidária para a garantia de sobrevivência das pessoas mais afetadas economicamente pelas medidas de quarentena, buscando a criação de cadastros centralizados e que possam ser fiscalizados, com o apoio de entidades que já realizam o atendimento propondo o resgate da dignidade humana, buscando o efetivo apoio àqueles que realmente precisam de recursos capazes de superar as dificuldades impostas pela pandemia”, finaliza a carta emitida pelas entidades.