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Denúncia de Calegário virou piada e teve efeito de um traque

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Em dias que não estão distantes, o deputado Fagner Calegário subiu ao tablado fazendo uma gravíssima denúncia, cujo teor é capaz de levar às ruínas as estruturas do Estado.


Segundo o parlamentar, emissários estariam procurando credores governamentais oferecendo-lhes facilidades para o recebimento de haveres em troca de propinas de até extorsivos 20% do valor a ser liberado.

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É bem verdade que, ante a incerteza de receber e a corda no pescoço que aperta cada vez mais, alguns credores dariam, se fosse o caso, até metade do valor a ser liberado.


Com a segurança de quem afirmava ter provas, o denunciante ganhou as telas das TVs e dos sites desafiando que não ousassem a lhe pedir os nomes, pois prontamente estes seriam apontados.


Pois bem: já se passaram alguns dias e o foguete que levou o nobre parlamentar aos píncaros da glória ainda não passou de um traque resfriado.


O parlamentar preferiu guardar os nomes dos envolvidos no seu congelador, talvez a espera de alguém que o desafiasse.


Sem autonomia para quase nada, restou ao parlamento estadual a função de fiscalizar a execução orçamentária.


Ao guardar apenas para si os nomes dos intermediários corruptos, Calegário está pisoteando na mais importante função do parlamento, que é a de fiscalizar a correta e sadia gestão dos recursos públicos.


Diante da gravidade das declarações, tanto o Ministério Público quanto a Polícia Civil do Acre determinaram a instauração de procedimentos para apurar as denúncias.


Esperamos, todavia, que a vala do esquecimento não seja o endereço dessas investigações, cujo caminho poderia ser encurtado se o deputado já tivesse revelado os segredos que até hoje guarda sob sete chaves.


Ao jovem deputado restam duas saídas: a primeira e mais honrosa, dar sua inestimável contribuição no combate ao câncer que corrói a sociedade brasileira e depois desfilar pela cidade em carro do Corpo de Bombeiros. A segunda, seria se atolar até o talo na lama do descrédito.


Fala, deputado.

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O povo está de orelha em pé para escuta-lo.




 


 


Luiz Calixto escreve todas às quartas-feiras no ac24horas.  


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