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Candidatos apontam erros em concurso da prefeitura e prometem acionar o MPAC

Por
Leônidas Badaró

O concurso para o provimento de mais de 500 vagas para a prefeitura de Rio Branco continua a render.


Depois de ter sido cancelado em novembro por conta de “uma falha técnica”, já que provas que seriam realizadas na parte da tarde foram distribuídas pela manhã em uma escola no Universitário, a prefeitura optou pelo cancelamento das provas, mas manteve a A Fundação de Apoio e Desenvolvimento ao Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária no Acre (FUNDAPE) como organizadora do concurso.


Novas provas foram realizadas no último dia 29 de dezembro. Foi só sair o gabarito para que novamente chovessem reclamações ao ponto dos candidatos que se sentiram prejudicados divulgarem prometerem acionar o Ministério Público Estadual.
São diversas denúncias que vão desde falhas na organização do concurso, até questão com duas respostas corretas que não foi anulada.


Uma candidata que com medo de represália prefere não se identificar divulgou uma nota que vai servir como base para pedir providências do MPE.


NOTA DE INDIGNAÇÃO


A FUNDAPE (UFAC), banca responsável pela realização e elaboração das provas do concurso público para o provimento de cargos efetivos da secretaria municipal de educação de Rio Branco sob o Edital de Concurso Público n.º 01/2019, de 15 de outubro de 2019, vem demonstrando que não tem o devido preparo técnico e organizacional para a realização de um concurso público do padrão exigido para o município de Rio Branco, capital do estado.


A falta de organização e preparo é tanta que inúmeras falhas e problemas têm sido identificados, denúncias de irregularidades vêm ocorrendo rotineiramente em vários momentos deste certame.


Tal situação tem gerado inúmeros problemas aos candidatos, que tem visto seus dias, semanas e meses de preparação sendo desperdiçados em face das reiteradas “trapalhadas” ocorridas neste concurso.


Um exemplo, foram anuladas para o cargo de Mediador nada menos que 10 questões e 2 questões tiveram o gabarito alterado, isso tudo em um universo de 60 questões, ou seja, 20% das questões da prova tiveram problemas.
Vou detalhar um pouco mais as questões anuladas:


4 na prova específica = 12 pontos
2 na prova de português = 4 pontos
1 na prova de matemática = 1 ponto
1 na prova de atualidades = 1 ponto
2 na prova de legislação = 2 pontos


Até aqui temos 20 pontos, mais 2 questões da prova específica tiveram seus gabaritos alterados o que pode gerar uma variação de mais 6 pontos.


Em síntese um candidato que teoricamente estaria fora do certame por ter “Zerado” a prova de matemática por exemplo, fato que ocorreu em grande escala, graças a essa atuação da banca retornou a disputa a depender da sorte podendo “ganhar” até 26 pontos.


Isso é um absurdo, totalmente desproporcional, essa pontuação equivale a 20% da pontuação máxima da prova, não é razoável e muito menos aceitável.


Para ficar inteligível para todos, imaginem um candidato que não estudou muito, mas teve “sorte” inicialmente ele tinha uma nota mediana por exemplo 74 pontos, mas devido a sua sorte ele “ganhou” mais 26 pontos… O candidato mediano se tornou graças a incompetência da banca um candidato de alto nível com ótimos 100 pontos.


Do mesmo modo que uns ganham, outros candidatos que tinham se saído bem, são prejudicados, pois com a situação descrita fundam por ter seus esforços lançados no lixo, pois ao ter anulada uma questão que tenha acertado anteriormente o candidato deixa de ganhar a pontuação.


Espero que o Ministério Público do Estado do Acre verifique essa situação, para que as centenas de pessoas que estão sendo prejudicadas venham a ter seus prejuízos minimizados e seus direitos preservados.


Uma outra candidata apresenta na prova uma questão que teria duas respostas corretas, mas que mesmo assim não foi anulada.


“Desde as inscrições a banca já vem se mostrando despreparada para organizar um concurso de tamanha proporção. Na realização da primeira prova, a prova foi anulada por falta de prova para alguns candidatos e, filmagens na hora da prova. A segunda prova veio cheia de questões erradas, tanto que na prova para professor de pré-escola foram 6 questões anuladas, ou seja a prova tinha 60 questões e 10% foi anulada. Só Deus e os colegas do concurso, sabem o que estamos sentido, a angústia de nos sentir lesados, pois uma prova desse nível acaba beneficiando quem não conseguiu alcançar a pontuação mínima. Agora me digam se é normal? Queremos uma resposta para saber como uma banca de uma universidade Federal elabora tantas questões erradas assim, e não são erros pequenos, são erros grotescos.


Os candidatos que se sentiram lesados prometem que vão ao Ministério Público na manhã desta sexta-feira, 10.


 



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Leônidas Badaró

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