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Aldeias do Acre são as que mais sofrem com as bebidas alcoólicas, mostra relatório do Cimi

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Em 2018, dos 11 casos de disseminação de bebida alcoólica e outras drogas quatro ocorreram no Acre. A informação consta do relatório Violência Contra os Povos Indígenas do Brasil, produzido pelo Conselho Missionário Indigenista (Cimi).


O estudo do Cimi relata que lideranças Ashaninka denunciaram, em ofício, a venda ilegal de bebida alcoólica a indígenas nos bares de Feijó. “Elas afirmam que a bebida alcoólica está prejudicando a comunidade, e pedem providências às autoridades”, diz o relatório.


Além do Acre, a disseminação de álcool e drogas foi registrada também no Maranhão, com um caso; Mato Grosso (3), Mato Grosso do Sul (2) e Tocantins (1).

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O uso de bebidas alcoólicas tem se tornado cada vez mais frequente pelos indígenas nas aldeias e cidades, mesmo sendo proibida a venda a eles. “Algumas vezes a comercialização é feita dentro da aldeia, de modo disfarçado; aparentando vender gelinho e outros produtos, por exemplo”, diz o Cimi.


Mais grave é o envolvimento com o tráfico de drogas. Na Reserva de Dourados, no Mato Grosso do Sul, crianças Guarani Kaiowá são recrutadas a partir de 8 anos por traficantes. Eles fornecem drogas gratuitamente, viciam as crianças e depois começam a cobrar a dívida. Os menores são ameaçados e passam a cometer roubos para quitar a dívida; as meninas passam a se prostituir para ter dinheiro para pagar. De acordo com membros do Observatório de Direitos Indígenas, após às 18 horas aumenta a movimentação de veículos para entregar e fomentar o tráfico no interior da área indígena. A comunidade vive amedrontada porque traficantes e outros criminosos fazem ali os seus esconderijos. As famílias sofrem, pois perdem tudo para quitar dívidas de drogas.


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