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Índios Katukina promovem Caminho de Cura

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Em várias aldeias acreanas , Índios apresentam a medicina da floresta aos visitantes e com os recursos obtidos nos festivais e vivências, fazem melhorias nas aldeias. Os Katukina também mostram seu trabalho de Cura.


Os Índios Katukina da Aldeia Satanawa da BR-364, a cerca de 60 Km de Cruzeiro do Sul, vão realizar de 4 a 8 de novembro, um Caminho de Cura aberto aos visitantes. A programação inclui pajelança, cerimônias ritualísticas com Ayahuasca, rapé, kambô, sananga e urtiga, dia de caça, passeio na floresta, pinturas corporais, banhos medicinais e participação em atividades do dia a dia na aldeia Santawa.


Em julho deste ano a aldeia Santawa realizou o mesmo Caminho de Cura, que contou com dez participantes, a maioria, estrangeiro. O trabalho de Cura é realizado pelo Pajé Reke, de 87 anos, o mais velho dos pajés Katunina, também chamados Nukikuin.

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O Pajé Reke faz um trabalho de Cura no Pote e também usa urtiga, para ” limpar a matéria” das pessoas. O sapo kambô ( os Katunina são os guardiões originários do Kambô) também é usado nos rituais de cura, bem como a Ayahuasca, rapé e sananga, chamados de medicina da floresta.


Os participante paga pacotes que incluem alimentação, hospedagem e a participação em todos os eventos da programação. Para os 5 dias do Caminho de Cura, cada participante, pagará R$ 2. 500.


A paulista Priscila Garcia, mais conhecida por Brisa, que há três meses mora na aldeia, cita que os Índios optaram por não fazer festival ou vivência e sim o Caminho de Cura, para atender grupos menores. ” Dessa forma, o atendimento é mais próximo e individual”.


Ela cita que os recursos oriundos do pagamento feito pelos participantes do Caminho de Cura, em julho, foram usados pra ampliar as redes de água e energia elétrica, existentes na aldeia. A rede da água foi ampliados em cerca de 250 metros do Igarapé até as casas dos indígenas, alcançando um número maior de residências.


O objetivo agora, segundo Brisa, com a edição do Caminho de Cura de novembro, è investir na segurança alimentar dos indígenas. ” O objetivo è que cada família tenha galinheiros para garantir o consumo das aves e dos ovos. Queremos também estrutura para criação de peixe e fortalecer também a produção do artesanato. Esses eventos possibilitam essas melhorias para a aldeia e promovem sim, a cura das pessoas que vem em busca da medicina da floresta”, cita ela, que conheceu o Pajé Reke, em uma pajelança realizada por ele, em São Paulo. ” Conheço pessoas que foram curadas pelo Pajé”, conclui ela.


[email protected] é o contato da Aldeia.


Veja o vídeo feito durante o Caminho de Cura realizado em julho na Aldeia Satanawa.


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