Se por um lado, empresários do setor madeireiro comemoram o ritmo de vendas no Setor Agroflorestal na Expoacre 2019, fora do parque de Exposições, os prejuízos vão se acumulando. A indústria madeireira não está conseguindo transportar madeira e outros itens de produtos florestais por problemas no site do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para emissão do Documento de Origem Florestal (DOF), necessário para o setor. O sistema está fora do ar desde terça-feira (23).
O empresário Valner Rabelo falou para a reportagem que somente sua empresa deixa de transportar 500m³ por dia. O setor madeireiro em todo o país esperava a liberação do sistema às 14 horas (Horário Local) o que não aconteceu. “Estamos com servidores monitorando o sistema para podermos liberar nossas carretas. Já tem motorista descarregando e indo embora, isso passa a significar prejuízos” acrescentou Rabelo.
Segundo a representante do setor, Adelaide de Fátima, em todo o Estado, 6000m³ de madeira deixam de ser transportados neste período de verão quando existem ramais com acesso para o manejo. “Isso representa cerca de R$ 350 mil por dia que deixa de circular”,disse Fátima.
Como o setor transporta madeira e derivados para outras atividades industriais, caso o sistema não entre no ar, frigoríficos, cerâmicas, laticínios, panificadoras e padarias podem parar suas atividades.
“Podemos ficar sem o pãozinho de cada dia caso essa interrupção no documento continue. Tivemos uma intervenção do IMAC, mas apenas por um dia, o que não representou muito diante da demanda reprimida nos pátios” acrescentou Fátima.
Na tarde de hoje (29) caminhoneiros e carreteiros foram ao setor agroflorestal do Parque de Exposições em Rio Branco, exigir uma saída alternativa para o fim da crise. O diretor presidente do IMAC, André Hassen tenta uma nova solução.