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Ativistas e indígenas criticam política de compensação ambiental do Acre

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Portais ligados ao ativismo ambiental, como o Racismo Ambiental, decidiu reproduzir o conteúdo publicado pelo ex-coordenador do Conselho Missionário Indigenista (Cimi) do Acre em relação ás críticas de lideranças indígenas à política de compensação por serviços ambientais em implementação no Estado do Acre. Essas políticas começaram nos governos do PT e vem sendo fortalecidas pelo governador Gladson Cameli que compreende ser esta uma boa alternativa econômica para o Acre.


Muitas comunidades, no entanto, vem os instrumentos de REDD, que definem as compensações, como simples mercantilização da Natureza. “Há muito as lideranças vêm denunciando que, apesar desses recursos serem obtidos em nome dos povos indígenas, os mesmos não têm chegado às comunidades e que apenas algumas pessoas e ONGs têm se beneficiado”, relata Padilha em seu blog.

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“Desta vez”, diz ele,  “os indígenas exigem que os convênios sejam imediatamente suspensos. A carta foi enviada diretamente para os governos da Alemanha e do estado da Califórnia”.


Algumas comunidades empreendem esse confronto há anos e o secretário do Meio Ambiente do Acre, Israel Milani,  disse que os problemas, se existirem, são de gestões passadas. “Se tinha mau uso do recurso foi na gestão passada. Um exemplo claro disso é que temos furos financeiros em todos os POAs  que tínhamos para executar em 2019”, disse Milani. “Estamos bem atentos e replanejando as ações que compete a nossa Secretaria, vendo onde realmente ainda tem recurso e como podemos executá-los  de maneira correta, garantindo assim que esse recurso chegue na ponta dentro das comunidade que realmente necessitem, melhorando as condições de vida e garantindo uma segurança alimentar”, completou o secretário.


Veja as cartas emitidas pós-Força-Tarefa de Governadores:


Carta dos Povos Indígenas do Acre e Sul do Amazonas sem Terra Demarcada para os governos que apoiam projetos de mercantilização da natureza no estado do Acre e Sul do Amazonas.


Nós caciques e lideranças dos povos: Apurinã, Apolima-Arara, Jamamadi, Jaminawa, Huni Kui, Madihá, Manshineri e Nukini, reunidos no segundo encontro dos povos sem terra demarcada, vimos informar que o Governo do Acre vem recebendo milhões em nome dos Povos Indígenas pelo Programa REDD e Pagamento por Serviços Ambientais através de Contratos entre os governos da Alemanha e Califórnia/EUA, sendo que poucos Povos tem se beneficiado.


A política implementada com estes recursos chegou a algumas comunidades através de terceiros contemplando uma minoria da população gerando conflitos entre os povos e o Movimento Indígena.


Diante do exposto solicitamos que os governos da Alemanha e Califórnia de imediato suspenda estes contratos e agende uma reunião com as lideranças abaixo assinado e outros povos não representados no momento, com a finalidade de sermos ouvidos e esclarecidos sobre os investimentos dos recursos repassados ao estado do Acre destinado aos Povos Indígenas.


Assinaturas em anexo:


Ilson Silvestre Souza Nukini


Francisco Saldanha Jaminawa

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Ocirlene Batista de Araújo


Francisco Siqueira Arara


José Souza da Silva Jamamadi


Lauro N. S Jaminawa


Antônio Aurora J.


Alan Resibeiro Jorge


Jacinto Eridio da Silva


José Kulina


Francisco da Silva Apurinã


José Pequeno da Silva


Marina Martins


Maria Estefânia Rodrigues de Souza Kaxinawá


Valcenir Mateus Kaxinawá


Rociclei Souza da Silva Apurinã


Rosângela Conceição dos Santos


Arimar Correia da Silva


Ninawá Inu Txupani Nunes Huni Kui


Letícia L. Yawanawa


 


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