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Plano sem urgências, “puxadinhos” do PT e vaivém do 13º

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Da redação ac24horas

A 3ª semana de Gladson Cameli no governo do Acre foi marcada pelo lançamento do plano emergencial de 100 dias, um conjunto de ações que, mesmo dito urgência – não traz novidade em relação ao que vinha sendo feito nesta ou na gestão passada. O único segmento que veio a público detalhar esse plano foi a Polícia Militar, que propõe, entre outras coisas, reativar a Polícia Comunitária, uma aposta do governo de Binho Marques [PT – 2006/2010] que causou algum efeito mas acabou destroçada por Sebastião Viana [PT – 2010 a 2018]. De parte dos demais segmentos, o plano foi apresentado de modo genérico e ninguém entendeu muito bem o que o governo pretende para esse início de mandato. O vaivém do residual do 13º salário, questão que deveria ter sido tratada como emergencial nos 100 dias, prova isso. Preferiram culpar o PT – que merece com honra essa responsabilização – mas acabaram vendo que valorizar a reforma administrativa promovida por Gladson traria melhores dividendos. E isso aconteceu.


É inegável, no entanto, que há esforços pontuais para melhorar o Estado e que estes se sobressaem nesta 3a. semana. A segurança pública, capitaneada pelo grupo do vice-governador Major Rocha, tem conseguido produzir algum impacto desde os primeiros dias de gestão.


A mobilização do governo para garantir espaços em órgãos endinheirados, como o Sebrae e a Federação das Indústrias, revelou o amadorismo de Gladson Cameli em jogar nos tabuleiros localizados do lado de fora do Palácio Rio Branco. A gestão simplesmente desdenhou os resultados como se o governo não fizesse parte do contexto. Há outras situações em que o governo pode ter dor de cabeça, como a cheia dos rios acreanos. O Estado nada falou sobre plano de contingência de alagações mesmo convivendo com a grita da Defesa Civil de que 2019 será um ano climaticamente complicado.


Aos poucos o governo vem sendo formatado, mas Gladson parece penar para reduzir a imagem de “puxadinhos” do PT em alguns setores e continua nomeando em cargos de confiança pessoas ligadas à Frente Popular do Acre (FPA). O último, Getúlio Pinheiro, foi candidato a vereador pelo Partido Verde, bastião da FPA, que acabou emplacado no Iteracre. Mas há vários outros casos recentes, como o Cypriano, presidente da Junta Comercial. Assessores do Palácio Rio Branco alentam a militância pró-governo -aqueles que balançaram bandeira debaixo do inclemente sol acreano – falando que uma hora chega a vez deles porque neste momento o governo precisa andar. E é para frente que se anda.


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