O governador Gladson Cameli determinou a seus assessores mais próximos na Casa Civil que façam um verdadeiro pente-fino na vida pregressa dos nomes que estão sendo enviados pelos partidos aliados para ocupar cargos estratégicos em sua gestão.
O objetivo é evitar que pessoas com problemas atuais com a Justiça ou sofreram algum tipo de condenação por crimes de improbidade administrativa sejam nomeadas.
O governador não descarta a possibilidade de sua ordem ter efeito retroativo, atingindo até aqueles que já tiveram suas nomeações publicadas no Diário Oficial do Estado, e cuja manutenção seja um grande fardo para a imagem da administração.
Desde o início da semana, reportagens do ac24horas mostraram que ao menos três nomes indicados pelos partidos aliados para compor o segundo escalão de Gladson Cameli enfrentam ou já enfrentaram problemas com a Justiça: Alércio Dias (Acreprevidência), André Hassem (Imac) e James Gomes, nomeado para cargo na Casa Civil.
Os casos têm causado constrangimentos políticos para o recém-empossado chefe do Palácio Rio Branco. Em seus dois discursos de posse no dia 1º de janeiro, Gladson Cameli afirmou que não aceitaria casos de corrupção e falcatruas no governo. Essa também foi uma de suas principais promessas de campanha em 2018.
A ordem do governador é que todos os nomes que cheguem à sua mesa para receber a canetada para ocupar cargos tenham passado por um rigoroso escrutínio da equipe jurídica da Casa Civil. Sem essa prévia avaliação, o governador não dará o aval.
Caso sejam detectados problemas e o caso seja considerado grave, os auxiliares vão pedir que os dirigentes que fizeram a indicação apresentem outro nome para preservar a imagem do governo.