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A nova cara da gestão Socorro Neri

A prefeita Socorro Neri deve começar a partir da próxima segunda-feira, quando anunciará o seu novo secretariado, de fato a sua administração. Até aqui vinha governando, praticamente, com a equipe deixada pelo antecessor Marcus Alexandre. O seu primeiro passo de descolamento da imagem da gestão passada, foi dado com a Reforma Administrativa, com o enxugamento da máquina municipal e o corte de cargos de confiança, grande parte, ocupados por ociosos. Este segundo momento é de moldar a equipe à sua imagem. Não agisse dessa forma seria sempre um espelho do ex-prefeito. Agora é esperar as novas ações. Os dois anos de mandato que lhe restam é o tempo que terá para decolar ou não para a reeleição.


NÃO SE COPIA O QUE DEU ERRADO
O Lula, descontente com as críticas ao seu governo, resolveu criar uma televisão estatal só para falar bem da sua administração. O resultado foi pífio. Um traço na audiência. Mídia de elogios ninguém lê ou assiste. Imprensa para chamar de minha, no máximo, enche os egos.


OUTRO EXEMPLO
Outro exemplo, este regional, foi a criação da TV-ALDEIA pelos governos do PT, para contrapor aos raros órgãos que faziam oposição. Resultado: audiência de um leve traço. Os exemplos ruins do Lula e dos governos do PT, devem servir ao governo que acaba de se instalar no Acre.


UM PONTO POSITIVO
O governo mal se instalou. Não pode ser julgado. Mas uma conduta pontual me chamou a atenção de forma positiva. O governador não entupiu o gabinete com um cordão de bajuladores para ficar incensando seu ego, como ocorreu no governo que se finda. Bom sinal!


BOM INDICATIVO
Outro sinal positivo foi ouvir numa emissora de televisão depoimentos de elogios de pessoas que procuraram o Pronto Socorro e saíram se dizendo satisfeitas com o atendimento.


AVISO AOS NAVEGANTES
Quero avisar que este mesmo espaço que registra acertos vai registrar as críticas ao governo.


CADA UM QUE SE VIRE
O ministro da Economia, Paulo Guedes, tomou uma decisão sensata: o governo federal não vai financiar Carnaval, Marcha para Jesus e Parada Gay. Dinheiro público é para saúde, educação, segurança e etc. Certíssimo. Quem quiser fazer a sua festa que faça como iniciativa privada.


DESSA ÁGUA NÃO BEBEREI
Político não pode dizer desta água não beberei. Mas acho complicado hoje se conseguir uma candidatura única entre os dois disputantes da mesa diretora da ALEAC, deputados Luiz Gonzaga (PSDB) e Roberto Duarte (MDB). Até o dia 2 de fevereiro há margem para conversa.


COSTURA COM MAESTRIA
O deputado José Bestene (PROGRESSISTAS) costurou com maestria nos bastidores e conseguiu colocar as principais figuras do seu grupo, político nos postos chaves da Secretaria de Saúde.


MELHOR QUE PODERIA FAZER
O melhor que o deputado Nicolau Junior (PROGRESSISTAS), que deve ser o futuro presidente da ALEAC, deveria fazer, era ficar longe da disputa pela primeira secretaria da mesa diretora. Se pender para um dos candidatos, com certeza criará problemas para a sua administração.


CRECHE DE ENJEITADOS
Tenho ouvido citações de nomes que não foram aproveitados no primeiro escalão do governo, serão encaminhados para o gabinete da senadora Mailza Gomes (PROGRESSISTAS). Se entupir seu gabinete com a creche dos enjeitados para atender pedidos políticos, começará muito mal.


LUA DE MEL COM PRAZO DE VALIDADE
O governador Gladson Cameli vive a sua lua de mel política. Mas como toda lua de mel terá prazo de validade. Passado o prazo, terá de enfrentar duas frentes de oposição: a dos aliados descontentes pelo não aproveitamento e a frente de oposição a ser montada pelos petistas.


NÃO SABE O QUE É ISSO
O Gladson Cameli não sabe o terço do que é sofrer oposição, seus mandatos foram sempre no Legislativo, que atua como baladeira. Como Executivo não haverá como evitar a enxurradas de críticas, mesmo porque nenhum governante é perfeito. Conheço o peso do PT na oposição.


NADA MAIS FÁCIL
Ser situação exige maestria, malabarismo; ser oposição é fácil, acha erro até onde não tem.


NOME DA ÁREA
O radialista Raimundo Fernandes é o novo diretor da Rádio Difusora Acreana. Um acerto a sua escolha. Fernandes é da casa, decano do rádio, e conhece os problemas da emissora como poucos. Se ele terá recursos para recuperar a sucateada “Voz da Selva”, ai é outra história.


DOIS PRISMAS
Conheço bem o que é o poder e imagino o tamanho da pressão que o novo governador está sofrendo para nomear as centenas de indicações políticas que chegam à sua mesa. Deveria começar analisando por dois prismas: competência e ter sido aliado durante a campanha.


CONTAS FEITAS
Numa improvável cassação e anulação dos votos do deputado federal eleito Manuel Marcos (PRB), quem assumiria seria o ex-deputado federal Léo de Brito (PT). A observação de quem seria o beneficiado foi feita ontem à coluna pelo deputado Daniel Zen (PT), que fez as contas.


SERÁ COBRADO
Há uma promessa feita reiteradas vezes pelo governador Gladson Cameli que será cobrada, principalmente, pela coluna: a de que na sua administração a liberdade de expressão será uma norma. Isso se aplicará a todos os seus secretários. Da minha parte não aceitarei ingerências.


ENGANO REDONDO
Estão se enganando redondamente os que davam como certo de que ao assumir a presidência da República, o Jair Bolsonaro agiria como um tresloucado. Pelo contrário, tem quebrado corporativismos, montou com raras exceções um bom ministério, e deu um norte à economia com o ministro Paulo Guedes. Outro ponto positivo foi desaparelhar a maquina estatal petista.


VIROU UMA GUERRA
A eleição para a presidência da FIEAC virou literalmente uma guerra com armas pesadas.


COMO ENTROU NESTA LOUCURA
Um amigo que acompanhou de perto a candidatura do ex-candidato ao governo, Marcus Alexandre (PT), revelou ontem, que ao contrário do que muitos pensam, ele fez uma campanha lisa. Não recebeu a ajuda que esperava do PT. Enfim, o colocaram numa roubada.


CALCULOU MAL
Aliado a isso, calculou mal. Talvez pelo fato de ter massacrado a deputada Eliane Sinhasique (MDB) na eleição para a PMRB, achou que podia repetir para o governo. Só que deu errado: enfrentou um candidato forte e ainda teve que carregar o peso de um governo impopular.


ANOTEM PARA CONFERIR
Ninguém vá se surpreender se mais à frente o deputado Ney Amorim (sem partido) vier a se incorporar à equipe do governador Gladson Cameli, com quem tem trânsito livre. Anotem.


TUDO PARA REPETIR
Agora mais entrosado no governo federal e com a sua boa relação com o presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Alan Rick (DEM) tem tudo para repetir ou até ser melhor do que foi no seu primeiro mandato. Alan é um nome que pode ser burilado para vôos mais altos.


É QUASE QUE CERTO
É quase que certo que a deputada federal eleita Perpétua Almeida (PCdoB) será uma alma solitária da oposição na bancada federal acreana. Os deputados eleitos pela FPA, Jesus Sérgio (PDT) e Manuel Marcos (PRB) deverão se engajar na bancada de apoio do governo estadual.


PONTE MAL ASSOMBRADA
Todos os governadores do Nabor Junior até o Tião Viana usaram em suas campanhas o mote de que fariam a ponte do segundo distrito em Sena Madureira. Nenhum cumpriu. Ontem, Cameli voltou a fazer a promessa. Começou a contagem para saber se desta vez ela sairá.


ARENA DA FLORESTA
Abandonado no governo que saiu, servia mais para a prática de peladas dos amigos do poder, o “Arena da Floresta” é um espaço que precisa ser recuperado, poucas cadeiras estão inteiras. Para quem já viu aquela praça de esporte bem cuidada, dá dó ver a sua atual depredação.


OU TUDO OU NADA
O vice-governador Major Rocha joga o tudo ou nada no novo comando do sistema de segurança do Estado. Pelo fato de que se elegeu deputado estadual e deputado federal em cima de críticas ácidas aos que comandavam a pasta. Se der certo, a glória! Errado, o desgaste!


NOMEAÇÕES RETARDADAS
A disputa acirrada vai acontecer pelos cargos do médio e segundo escalão. Pouco pirão e muita boca. Cada político tem um calhamaço com nomes de afilhados para indicarem.


INEBRIANTE E ENGANADOR
O poder é inebriante e enganador. Dentro dele é como se alguém estivesse em uma bolha, é um mundo irreal. A impressão que passa é que será eterno. Os que deixaram o governo bem pouco vão começar a sentir na pele, o que é viver fora da bolha. Os amigos, ou melhor, muy amigos, costumam dobrar esquinas. Aquele aparato de repórteres de todos os órgãos de comunicação na ânsia de uma entrevista vai sumir como num passe de mágica. Os celulares vão parar de tocar. Não há mais o carro indo buscar na porta de casa, o farto dinheiro caindo na conta todo mês deixará saudades, acaba a paparicagem, os elogios, enfim, voltam todos ao anonimato de rostos em meio de uma multidão. Passam a ser párias. Aos que estão assumindo o novo governo tirem o rei na barriga, coloquem na cabeça que não são nada. E que podem dormir no cargo e acordar fora dele. Por isso, novos senhores do poder, sem arrogância!


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