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Alan Rick não coloca a faca no pescoço de Gladson por cargos no Governo

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A gente tem visto muitas lideranças políticas lutando para conseguirem cargos aos seus correligionários partidários no novo Governo do Acre. Mas notei que o deputado federal reeleito Alan Rick (DEM) tem se mantido discreto. Ainda que tenha pretensões de fazer algumas indicações técnicas de quadros do Democratas, Alan preferiu não entrar no jogo da “chantagem” política. No meu bate-papo com o deputado ele revelou que vai deixar o governador eleito Gladson Cameli (Progressistas) à vontade para escolher a sua equipe dos escalões que faltam sem pressões. Acredita que o momento é de união para que o Governo possa atender as expectativas da população. Acompanhe alguns trechos da conversa com Alan Rick.


Novo Governo e cargos na gestão
“Nós todos temos um grande desafio que é trazer novamente a esperança ao povo do Acre. Eu sou um colaborador do Governo. Se o governador eleito Gladson Cameli entende que eu posso ajudar em algumas áreas estou à disposição. É um momento de todos darmos as mãos. Claro que quem ajudou a vencer, quem ajudou a cavar o poço tem que beber da água. Nós temos quadros altamente qualificados no DEM e quero que sejam lembrados. Tenho pedido para o Gladson olhar com carinho para o Democratas, mas sem expor e sem posicionamento público. Obviamente que queremos participar do Governo com os nossos quadros mais qualificados,” diz Alan.

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Relação com Bolsonaro


Pergunto ao Alan: – O senhor sempre teve uma proximidade com o Jair Bolsonaro (PSL) desde os tempos que ele era deputado. Em que medida essa relação pode ajudar ao Acre e o seu novo Governo?


Alan responde:  – “Essa relação foi criada desde de 2015 quando nós criamos um grupo parlamentar de apoio à candidatura de Bolsonaro à presidência da República. O grupo foi liderado pelo ministro extraordinário da transição, o deputado federal do nosso partido Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Nós reunimos apoio ao Bolsonaro e, agora, estamos sendo sempre lembrados pelo presidente eleito e participando das conversas da transição. Participamos ativamente na escolha da ministra da agricultura Tereza Cristina, que é da Frente Parlamentar da Agropecuária, da qual faço parte. Ajudamos também através da Frente Parlamentar Evangélica a indicar a ministra da família e direitos humanos Damares Alves. São escolhas do presidente, mas que tivemos participação. Vamos trabalhar para que o Bolsonaro faça jus ao apoio que teve no Acre, o Estado que deu a ele a maior votação proporcional do Brasil. Eu sempre lembro isso ao Bolsonaro. Em resposta ele tem me dito: Alan não vou esquecer e farei de tudo para honrar a votação que o povo do Acre me deu.” Disputa da prefeitura Rio Branco em 2020 Também questionei Alan Rick sobre uma possível candidatura sua para a prefeitura da Capital, em 2020. A resposta: “Fico honrado de ser lembrado pelo povo e articulistas políticos. Mas do fundo do meu coração eu gostaria de concluir o meu segundo mandato como deputado federal. Se for uma missão que o povo de Rio Branco me der estarei à disposição. Mas não está no meu coração hoje e não é minha intenção. Sou um servo do povo do Acre e da população de Rio Branco que me deu a minha maior votação mais uma vez. Então estou sempre à disposição da vontade popular.”


Errei feio
Na coluna anterior escrevi que o líder sindicalista Chico Mendes nunca tinha sido filiado ao PT. O deputado estadual Daniel Zen (PT) me lembrou que ele não só foi filiado como tinha a ficha 01 de filiação no partido. “O Chico Mendes foi até São Paulo acompanhado do João Maia, então presidente da CONTAG, encontrar com o Lula (PT). Depois o Chico trouxe as primeiras fichas de filiação ao PT para o Acre,” escreveu Zen.


Desagradando a todos
As ponderações que escrevi sobre o Chico Mendes e o uso político partidário que fizeram da sua imagem desagradou alguns gregos e troianos, de diferentes lados ideológicos da política. Então para incentivar o debate publicarei algumas observações de agentes políticos acreanos.


A hora do debate
O Fernando Lage (PSL), suplente do senador Petecão (PSD), que lidera um grupo político de direita denominado “Liberais”, escreveu: “Após 30 anos de Florestania inspirada nas loucuras que o Chico Mendes pregava, sem base
científica, só produziram pobreza e miséria, como era o próprio Chico”. Por outro lado, o militante petista Cesário Braga enviou a seguinte mensagem: “Quanto às suas opiniões acerca de nossos governos (do PT) e sobre o legado do Chico Mendes, gostaria de dizer que discordo veementemente de quase tudo, mas isso são opiniões”.


Sem amarras
Encontrei-me também com o vereador da Capital e deputado estadual eleito Roberto Duarte (MDB). Ele me disse que não está indicando ninguém para o novo Governo e nem quer. Vai optar por um caminho livre para a sua futura
atuação parlamentar na ALEAC.


Livres e soltas
Li perplexo declarações de alguns membros do MDB de que a deputada estadual Eliane Sinhasique (MDB) e a Maria Alice (MDB), que integrarão o primeiro escalão do Governo de Gladson Cameli, são escolhas pessoais e não partidárias. Se for assim, as duas estarão livres para escolherem quem quiserem para compor as suas equipes nas secretarias que serão titulares. Não devem satisfação nenhuma ao MDB, mas ao governador que as escolheu. Não é assim?


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